Everson Boeck
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Em greve desde a última sexta-feira 23 de agosto, os trabalhadores estaduais da educação realizaram um ato público na manhã desta terça-feira, 26, em Santa Cruz do Sul. A manifestação aconteceu às 9h30, Praça Siegfried Heuser, próximo ao Centro Municipal de Cultura, e contou com a participação de dezenas de estudantes que representavam escolas e a União dos Estudantes de Santa Cruz (Uesc).
Os integrantes do movimento se deslocaram até a frente da 6ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) cobrando a vigoração da lei do piso – inclusive para os funcionários -, da hora atividade, das promoções, da suspensão da reforma do ensino médio e melhores condições de trabalho e aprendizagem nas escolas da rede estadual.
Conforme a diretora do 18° Núcleo do Centro de Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato), Miriam Neumann Trindade, na mesma data, à tarde, o 18° Núcleo se deslocou até Encruzilhada do Sul onde as três maiores escolas estão 100% paralisadas. “A paralisação em Encruzilhada surpreendeu. Tivemos uma plenária para deliberar sobre a greve. Em Santa Cruz do Sul a mobilização está dentro do esperado. No entanto, para mim não importa quantos professores ou escolas estão em greve, o que eu tenho certeza é que estes estão certos”, pontua.
Miriam frisa que a greve também está mostrando a indignação da comunidade, especialmente dos estudantes. “Os alunos das escolas estaduais, principalmente do Ensino Médio, além do apoio que demonstram a todas as reivindicações dos professores, estão muito insatisfeitos com a reforma do ensino médio, agora politécnico”, explica. “Os estudantes reclamam que poderia existir o ensino politécnico, mas como opção para quem não quisesse cursá-lo. Eles se sentem despreparados para prestar vestibular ou concurso público, por exemplo”, salienta a diretora do Núcleo.
Fotos: Rolf Steinhaus
Educadores em paralisação e estudantes realizam ato público junto aos grevistas
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Miriam: “Greve também está mostrando a indignação da comunidade”
