Jéssica Ferreira
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Na manhã desta última quarta-feira, 25, a Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Smec) através do Departamento de Cultura realizou mais um encontro entre atores da área cultural santa-cruzense e segmentos sociais ligados ao setor. Isto é, a segunda edição do Café Cultural, promovido no Centro de Cultura Jornalista Francisco José Frantz, teve como intuito proporcionar uma maior aproximação dos empresários com a diversidade cultural no município, para assim gerar diálogos sobre as diversas formas de fomentar o setor nos âmbitos local e regional.
Após a abertura do evento pelo secretário de Educação e Cultura, Nasário Bohnen, foi feita uma explanação dos objetivos de realização do Café Cultural pela produtora Paula Saccol e uma breve apresentação dos participantes, assim como suas empresas representadas e os projetos que realizam no âmbito sociocultural.
“Queremos mais eventos que realmente signifiquem para a população, pois um bom evento cultural, uma boa música, um bom teatro ou uma boa dança nos faz melhores. Nosso objetivo é mostrar que o nosso município tem realizado na área da cultura e buscar apoio da iniciativa privada e dos empresários. Se todos caminharmos juntos para o melhor da cultura, certamente teremos bons resultados. Momentos culturais são essenciais na vida das pessoas e as escolas também precisam estar inseridas neste contexto”, destacou Bohnen.
O Departamento de Cultura, coordenado por Margaret Rodrigues, assim como os produtores presentes, se disponibilizam a ampliar esse diálogo, para que as diferentes esferas de arte e cultura da cidade possam ter maior visibilidade diante da comunidade. “Esta é a segunda edição do café. Uma possibilidade para que os empresários possam conhecer o trabalho que é desenvolvido na área cultural de nosso município. O objetivo é buscar, através das políticas públicas, apoio para os artistas e cultura local e regional”, salientou Margaret.
A iniciativa do encontro tem por objetivo destacar a importância para o fortalecimento dos movimentos artísticos-culturiais, pois além de colocar os empresários em contato com os produtores, gestores e artistas, é possível verificar também as demandas de interesse por parte das organizações. Após a apresentação de cada empresário sobre como tem contribuído com cultura em sua empresa, foram destacados também pontos importantes na captação de recursos através do incentivo fiscal. Além disso, foram levantados alguns questionamentos e alternativas para a continuidade do trabalho, que segue com próximas edições em 2016.
Fotos: DECOM/PMSCS/Divulgação
O intuito principal do encontro é integrar empresários para fomentar o setor cultural
Ponto de cultura
Na oportunidade, a produtora de Cultura, Cíntia Luz, apresentou aos presentes no evento os projetos executados na Sociedade Cultural e Beneficente União, cuja entidade é o primeiro Ponto de Cultura oficializado em Santa Cruz do Sul.
Conhecido também como Uniãozinho, a rede de cultura nasceu em 1923 quando foi fundada pela comunidade negra em Santa Cruz do Sul. A partir das décadas de 30 a 60, a entidade foi desenvolvendo eventos sociais, onde seu destaque maior foram os bailes de carnaval. Entretanto, durante um período a entidade ficou estagnada, até que em 2009 passou a ser transformada com o intuito de resgatar o projeto principal da entidade.
A partir de então, o Uniãozinho passou a fazer parte da Rede Parceria Social – que consiste numa iniciativa do Governo Estadual através da Secretaria do Trabalho e do Desenvolvimento Social que otimiza o uso da Lei da Solidariedade pelo trabalho em rede, que tem por objetivo a sustentabilidade dos projetos e organizações que possuem seus projetos inscritos.
“Oferecemos atividades pedagógicas e culturais para 50 crianças e adolescentes. Todos têm acompanhamento, além de integrarmos as famílias nas atividades. Promover encontros como esse é importante para trocarmos ideias”, disse Cíntia.
Além disso, um dos projetos destaques do Uniãozinho é o Águia Agito, que resgata a valorização da cultura afro-brasileira através do carnaval, danças e músicas. O projeto também oferece atividades e oficinas com jogos pedagógicos, aulas de grafite, hip-hop, entre outros – não somente no município, mas também pela região e algumas cidades no estado, como por exemplo, atividades realizadas na Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Fase) em Porto Alegre.
Cíntia: momento para troca de ideias e incentivo à cultura
