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Funcionários da Rede Vivo fazem paralisação

Everson Boeck
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A sexta-feira, 13 de dezembro, começou com paralisação na loja da Rede Vivo Supermercados do bairro Arroio Grande, em Santa Cruz do Sul. Além de pagamento adicional pelos domingos trabalhados, os funcionários pedem o retorno do convênio de desconto em folha para compras na empresa (vale alimentação) e plano de saúde.Cerca de 40 trabalhadores que estão em greve ficaram na frente da loja informando os clientes que chegavam sobre a paralisação. Durante o dia, funcionários da loja da ruaJulio de Castilhos também aderiram ao movimento.
O vice-presidente do Sindicato dos Comerciários, Marcos Azeredo, afirma que há mais de um ano a entidade solicita o pagamento pelos domingos trabalhados para a empresa, entre outros benefícios. “Até agora não havíamos recebido nenhuma proposta, embora já tenhamos tentado diversas formas de alternativas, mas a empresa não quis negociar”, garante. Segundo ele, o que deflagrou a greve foi uma reunião sem acordo na quinta-feira. “Além disso, recentemente foram cortados os planos de saúde e vale-alimentação sem aviso prévio. Os funcionários precisam ser bem recompensados por trabalhar num dia em que poderiam estar tendo seu lazer com sua família. Este é uma das reivindicações”, pontua.
Azeredo assegura, ainda, que o trabalho só deve voltar ao normal quando houver uma proposta condizente aos pedidos dos funcionários. “Noventa por cento do quadro aderiu ao movimento. Hoje vamos tentar que os colegas da loja de Venâncio Aires também se somem ao movimento”, informa.
Os trabalhadores reclamam que muitos têm filhos e, muitas vezes, precisam pagar uma pessoa para cuidar destes, já que sábados e domingos não há creches em funcionamento. “Outro problema é que muitos de nós precisamos esperar por uma carona, porque não tem mais linhas de ônibus quando saímos no domingo. Se sábado já é complicado, domingo é muito pior”, lamenta uma funcionária. Ela também afirma que a comunidade está apoiando a causa. “Nós explicamos para os clientes que chegam até aqui para comprar e eles demonstram solidariedade”, comenta.

POSICIONAMENTO DA EMPRESA

O supervisor de operações da Rede Vivo, Marcelo Fabiano da Luz, ressalta que não existe uma lei que obrigue as empresas a pagarem valor extra pelos serviços prestados durante o domingo, mas que a empresa se dispõe a oferecer o adicional. “Fizemos a proposta de pagar R$ 25. Eles pediram R$ 30 e a empresa aceitou. Após, o sindicato nos passou que a proposta estava aceita pelos funcionários, mas o movimento continuou. Depois, fomos informados que eles voltaram atrás e agora querem R$ 50. A empresa vai permanecer oferecendo os R$ 30”, esclarece.
De acordo com o supervisor, há alguns anos o próprio sindicato solicitou o cancelamento do desconto em folha de compras realizadas no supermercado (vale-alimentação), mas que agora retomará o benefício.“O convênio está suspenso apenas na região por exigência do sindicato. Nas demais lojas isso é feito desde sempre”, afirma.

Everson Boeck

Funcionários paralisados em frente à loja situada no Bairro Arroio Grande