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GGIM busca solução para falta de leitos

O Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM), órgão de coordenação e deliberação de políticas de segurança pública em Santa Cruz do Sul, reuniu na quarta-feira, dia 3 de julho, representantes da área da saúde pública, órgãos de segurança e poder público municipal para encaminhar soluções à questão da falta de leitos no município para desintoxicação de dependentes químicos. Hoje os pacientes são encaminhados para internação em Candelária, Rio Pardo e Venâncio Aires.
A vice-prefeita e secretária municipal de Inclusão, Desenvolvimento Social e Habitação, Helena Hermany, afirmou que diariamente mães desesperadas buscam o auxílio do município para internar filhos em situação de grave dependência química e que o problema é preocupante a medida que cresce em vários pontos da cidade, sem que haja a viabilidade dessas internações em Santa Cruz do Sul. “A desintoxicação é a etapa número um no tratamento do drogadito e hoje Santa Cruz do Sul não dispõe de leitos para internação. Com certeza precisamos e estamos atuando com diversas ações de prevenção para que no futuro a situação seja diferente, mas o problema que já existe também precisamos combater ou vamos perder o controle.”
Representantes dos hospitais Ana Nery, Santa Cruz e Monte Alverne, da 6ª CRS, Secretaria Municipal de Saúde e Clínica Recomeçar foram chamados a participar da reunião. Após alguns debates, ficou estabelecido o prazo de 30 dias para que os hospitais se manifestem, por escrito, sobre a viabilidade de abrir vagas para internação de pacientes que necessitam da desintoxicação. Para o secretário executivo do gabinete, Henrique Hermany, é um absurdo que Santa Cruz do Sul seja pólo regional de saúde e feche os olhos ao problema da drogadição.
Já o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Santa Cruz, Ezequiel Vetoretti, chamou a atenção para a responsabilidade de toda a sociedade no encaminhamento da questão. “A drogadição não é um problema só do governo ou dos hospitais, é de todo mundo. O recado que hoje estamos passando para essas pessoas é de que não queremos elas aqui, estamos exportando para outros municípios um problema que é nosso”, avaliou.
Também dentro de um período de 30 dias a Secretaria Municipal de Saúde apresentará relatório sobre a implantação do CAPS AD3 – uma alternativa para internação de pacientes em estado de dependência leve a moderada – especificando os recursos financeiros necessários nas fases de implantação, operacionalização e manutenção. Como terceiro encaminhamento um grupo de estudos formado pela OAB, Ministério Público, 13ª CRS, Secretaria Municipal de Saúde e Cisvale apresentará, daqui a um mês, relatório conclusivo sobre a possibilidade de transformar a clínica terapêutica Recomeçar em um clínica de reabilitação.
Hermany avaliou como positivo o encontro e acredita que, através de um esforço conjunto, o município encontrará soluções para o grave problema das drogas. “Avançamos muito. O GGIM é um dos fóruns mais adequados para discussão deste tema que envolve segurança, área social, educação, saúde, enfim, todos os segmentos aqui representados.”
Vinculado à Secretaria Municipal de Segurança, Cidadania, Relações Comunitárias e Esporte, o GGIM é composto por representantes do gabinete do prefeito municipal, das secretarias de Transportes e Serviços Públicos; de Inclusão, Desenvolvimento Social e Habitação; de Saúde; de Educação e Cultura, Guarda Municipal, Defesa Civil, Diretoria para Assuntos de Segurança e Cidadania, Polícia Civil, Brigada Militar, 6º Comando Regional de Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Estadual, Superintendência dos Serviços Penitenciários, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), 7º BIB, Ministério Público e Defensoria Pública.