Everson Boeck
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Após aprovar greve por tempo indeterminado na última sexta-feira, 23 de agosto, durante assembleia geral promovida pelo Centro de Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato), em Porto Alegre, os professores da rede estadual da região elaboram ações para fortalecer o movimento nas escolas e já se organizam para enfrentar os desdobramentos da decisão. Ontem, 26 de agosto, durante todo o dia, o 18° Núcleo do Cpers/Sindicato, sediado em Santa Cruz do Sul, passou visitando escolas e mobilizando a comunidade.
Em entrevista ao Riovale Jornal, a diretora do núcleo, Miriam Neumann Trindade, afirmou que, mesmo com o apoio dos próprios estudantes e diversos segmentos da sociedade, “a greve será difícil”. “Este cenário se dá em função das represálias do governo aos professores. Ele judia a categoria e a quer calada de qualquer jeito. Corte de ponto é um deles. No entanto o Sindicato já entrou com uma ação judicial para tentar evitar isso, lembrando que esta greve é constitucional”, adianta.
A diretora do Núcleo acredita que haverá uma adesão maior nos próximos dias à greve. “Ainda não conseguimos elaborar um relatório das escolas e/ou profissionais que estão aderindo, mas esperamos que seja cada vez maior, pois estamos recebendo muito apoio dos estudantes e da comunidade em geral. Esta é uma greve que levará a população para as ruas com os professores”, avalia.
Segundo Miriam, hoje, a partir das 9h30, haverá um ato público da categoria na Praça SiegfriedHeuser onde toda a comunidade poderá participar. Uma manifestação também está marcada para amanhã, em Porto Alegre.
A categoria reivindica o pagamento do piso salarial para professores, hoje com valor de R$ 1.567,00 para uma jornada de 40 horas semanais. A jornada de trabalho no Rio Grande do Sul é de 20 horas semanais.Entre as exigências também estão: a criação de um piso salarial (com o mesmo valor do piso dos professores) para os funcionários de escola; a regularização das promoções; e a suspensão da reforma do ensino médio.
Conforme a 6ª Coordenadoria Regional de Educação (6ª CRE), 90% das escolas de Santa Cruz do Sul já se posicionaram sobre a greve e, de acordo com os dados informados à coordenadoria, houve adesão de 5% dos professores da rede.
André Ávila
A decisão pela greve foi tomada em assembleia geral realizada, na tarde
de sexta-feira, no auditório Araújo Vianna, em Porto Alegre














