Neste 12 de outubro comemora-se o Dia do Engenheiro Agrônomo, profissional que estuda, planeja e supervisiona a aplicação de princípios e processos básicos da produção agrícola, combinando conhecimentos de biologia, química e física, aos estudos específicos sobre o solo, clima, culturas e rebanhos, envolvendo um campo bem diversificado.
O constante crescimento do agronegócio na economia brasileira, responsável pelo aumento das exportações e dos empregos no Brasil, tem valorizado e muito o trabalho do agrônomo. O mercado encontra-se em alta, graças a esse avanço do agronegócio brasileiro no cenário internacional. Devido a isso, atividades ligadas às ciências agrárias se multiplicaram, como a medicina veterinária, a engenharia ambiental, a florestal e a zootecnia. Desta forma, áreas como a pesquisa de transgênicose a biotecnologia oferecem muitas oportunidades, tal qual para os zootecnistas, que atuam no campo de melhoramento genético e na pesquisa de novas rações para animais, tendo em vista uma melhor produtividade das espécies.
Para exercer essa profissão, é necessário ter um bom trato com os números, ser curioso, gostar de atividades ao ar livre e de tecnologia e, além disso, ter disposição para enfrentar o trabalho inclusive no mau tempo, pois o agrônomo pode atuar em fazendas e cooperativas do setor agrícola e de produtos animais e, mesmo atuando em empresas, indústrias, instituições financeiras que tenham negócios ligados à atividade rural, o trabalho vai exigir dele o contato diretamente ligado ao campo.
O profissional do ramo estuda, pesquisa e aperfeiçoa a evolução genética das espécies vegetais, e pesquisa as enfermidades e as plantas em geral; faz investigações sobre cultivos agrícolas e pastagens, e elabora novos métodos de produção ou aperfeiçoa os já existentes; orienta a técnica agrícola: semeadura, plantio, adubação, melhoramento e aumento das espécies vegetais, colheita, armazenamento, combate às pragas, rendimento de produtos, reflorestamento, processos de irrigação e drenagem, regulagem das águas por meio de diques, barragens e canais; orienta e estuda a qualidade e o tratamento do solo; planeja a execução de construções rurais (edifícios agrícolas) e instalações de indústrias rurais; estuda métodos de prevenção de doenças das plantas; observa a adaptação dos cultivos às diferentes terras e climas e colabora com outros técnicos na construção de estradas e vias rurais.
Além de todas essas funções, o agrônomo precisa se adaptar às novas tecnologias, ter preocupação ecológica e responsabilidade social. Ele pode trabalhar em várias áreas, como em propriedades rurais (sítios, chácaras e fazendas), laboratórios e institutos de experimentação, indústrias (de fertilizantes, de ferro, couro, bebidas, alimentícias, farmacêuticas, extrativas), bancos e instituições de financiamento e investimento, Serviço Público, instituições científicas, de pesquisa, de consultoria, e curso superior (com pós-graduação).
O curso de Agronomia dura cinco anos. O currículo dá ênfase a disciplinas como biologia, matemática, química, física, genética, sociologia, economia. O estágio é obrigatório. Os ganhos de um engenheiro agrônomo, de acordo com o piso sugerido pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA) do Rio de Janeiro são de dez salários mínimos. Mas quem tem cinco anos de experiência nesta carreira ganha, em média, de 15 a 17 salários mínimos.
Fontes
http://www.algosobre.com.br/guia-de-profissões (com informações do site: www.infoescola.com)
SOARES, Natalício. Guia de Profissões. Curitiba, Bolsa Nacional do Livro, p. 115.
DAHER, Valquíria. Guia Megazine de Profissões. Rio de Janeiro, Ediouro, O Globo, 2007, p. 30-1
Divulgação/RJ
Profissionais tem o foco voltado para a área da Agronomia e precisam estar adequados às novas tecnologias
O dia, a história e a importância do Engenheiro Agrônomo
No mês de outubro comemora-se o dia do Engenheiro Agrônomo. Os Engenheiros Agrônomos comemoram neste dia, considerando que foi em 12 de outubro de 1933, através do decreto n° 23.196, assinado pelo Presidente Getúlio Vargas que ocorreu a 1ª regulamentação do exercício da profissão, decorrido há 80 anos.
Os primeiros passos para a instituição do Ensino Agrícola Superior no Brasil, aconteceram ainda no período do Brasil Colônia. D. João VI criou dois cursos práticos de agricultura, em 1812, na Bahia e, em 1814, no Rio de Janeiro. Em 23 de junho de 1875, foi criada a Imperial Escola Agrícola da Bahia. Sua inauguração ocorreu em 15/02/1877, com cursos divididos em dois grupos: o elementar, que preparava operários e regentes agrícolas e o superior, que formava os engenheiros agrônomos, engenheiros agrícolas, silvicultores e veterinários. Hoje é a Escola de Agronomia da Universidade Federal da Bahia.
A segunda Escola de Agricultura e Veterinária de nível superior a funcionar no Brasil, com certa regularidade, foi a de Pelotas no Rio Grande do Sul. Fundada em 1883, por decreto imperial, recebeu o nome de Imperial Escola de Medicina Veterinária e de Agricultura Practica e deu origem à Universidade Federal de Pelotas.
A origem da Agronomia é milenar. Alguns pesquisadores resgatam a história da palavra agrônomo na Grécia Antiga, em Atenas, onde designava como o “magistrado encarregado da administração da periferia agrícola da cidade” e, agronomia, vemdo grego “agronomos” que seria, o estudo científico dos problemas físicos, químicos e biológicos apresentados pela prática da agricultura. Desde a pré-história, as técnicas de agronomia acompanham o homem e permitem que sua existência no planeta seja preservada.
Estamos na era do conhecimento. “Acompanhando a evolução das tecnologias, a agricultura é o segundo setor que mais investe em Pesquisa & Desenvolvimento no mundo (Financial Times), só perdendo para a farmacêutica, fato que demonstra sua importância. Por outro lado, é inegável o desenvolvimento atual da Agricultura Brasileira, que tem nos Engenheiros Agrônomos,grande parcela de responsabilidade por estes notáveis avanços. São estes profissionais que estão trabalhando no desenvolvimento de máquinas e equipamentos mais eficientes, realizando pesquisas para obter sementes de alto rendimento e outras técnicas para produzir de forma mais eficiente e sustentável, no ensino e na Extensão Rural e, em muitas outras áreas do Agronegócio Brasileiro e da agricultura familiar. Avanços que se refletem na técnica do plantio direto, que revolucionou a agropecuária nacional, e deu origem a outros sistemas como a agricultura de precisão, integração lavoura-pecuária-floresta e a agricultura de baixo carbono.
Sem dúvida, os Engenheiros Agrônomos pelo seu trabalho e seus conhecimentos, juntamente com os agricultores, terão grande parte da responsabilidade em garantir o desenvolvimento da Agricultura Nacional e a produção de alimentos seguros.
Diante da importância destes profissionais, a AEAVARP e os Conselheiros da Câmara de Agronomia/CREA-RS parabenizam a todos, na comemoração de seu dia e,especialmente, pelo trabalho que realizam para uma agricultura forte e um país mais justo.
Engenheiro Agrônomo Mauro Cirne/Conselheiro do CREA/RS
Foto: http://agriculturabaixocarbono.files.wordpress.com
