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HSC: Instituição demanda reajuste

Suilan Conrado
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O Pronto-Atendimento (PA) do Hospital Santa Cruz (HSC), inaugurado em 2009, apresentou esta semana ao poder público uma proposta que consiste em reavaliar os atendimentos prestados no PA e propõe um novo reajuste à instituição. 
Desde 2011, o contrato do PA estabelece um volume de 5,5 mil atendimentos mensais, independente da gravidade do caso, e a Prefeitura repassa ao HSC, o valor de R$ 72,25 para cada atendimento realizado. Neste valor, estão inclusos os serviços prestados pela recepção, pela classificação de risco, pelo médico plantonista, e pela equipe de enfermagem, além da realização de exames de raio-x, tomografia, ecografia, exames laboratoriais, dentre outros custos.
O hospital justifica por meio de números (veja box), porque seria necessária a reavaliação do modelo do PA, que funciona 24h por dia, 365 dias ao ano.
Considerando os critérios da classificação de risco, a instituição apresenta ainda que 60% dos atendimentos de 2011 e 51% dos atendimentos de 2012 não precisariam ter sido realizados dentro da estrutura do PA, por não se tratar de casos de urgência ou emergência.
Em relação aos casos mais graves, houve um aumento de 43% no mesmo período, o que para o HSC, evidencia a requerida mudança do perfil dos atendimentos e dos custos envolvidos neste processo.

PROPOSTA

Quanto à proposta de reavaliação do modelo do PA, que implicaria em um reajuste de 62% à instituição, gerando um custo mensal de R$ 709.773,48, o secretário de Saúde, Carlos Behm manifestou que desde a contratualização do serviço, em agosto de 2009, até março deste ano, o município já pagou ao HSC, o montante de R$ 15.562.424,80, e que a média mensal não ultrapassa o estipulado pelo contrato vigente.
O que preocupa, segundo Behm, além da proposta de majoração em índices já considerados elevados, é o atendimento que vem sendo prestado aos pacientes, principalmente da alta complexidade. Muitos saem da consulta com requisição para realização urgente de exames laboratoriais e de diagnóstico por imagem e são encaminhados para a Central de Marcação de Consultas (Casa). “Pela contratualização esses exames deveriam ser feitos pelo próprio hospital que recebe da Prefeitura para executar o serviço. O HSC está descumprindo o contrato”, alertou.
Já o HSC, rebate, e coloca que nunca tomou nenhuma medida sem o conhecimento da Secretaria Municipal de Saúde, e que mesmo nos momento difíceis, manteve contato constante com a equipe da secretaria.

 

Arquivo/RJ

Hospital propõe reajuste de 62%, o que geraria um custo mensal de R$ 709.773,48 ao município