Cristiano Silva
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Rafaela Schneider
Radiojornalismo, Eventos e Promoções e Oficina de Criatividade são algumas
das disciplinas frequentadas pelos “Avós da Comunicação”
Desde o início do ano letivo na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), as salas de aula do Curso de Comunicação Social ganharam alunos diferenciados. A partir do projeto-piloto “Aluno Ouvinte”, promovido pelo Programa Terceira Idade na Unisc em parceria com o Curso de Comunicação Social através do projeto Avós na Comunicação, idosos, a partir dos 60 anos, estão participando das disciplinas do Curso para ampliar seus conhecimentos e contribuir com suas histórias para os acadêmicos.
Três integrantes do projeto Avós na Comunicação puderam escolher entre as disciplinas deste semestre para frequentar as aulas, participar das discussões e incorporar sua realidade à disciplina.
De acordo com a bolsista do Programa Terceira Idade na Unisc, Viviane Fetzer, essa aproximação com os estudantes é muito importante, tanto para os idosos, quanto para os alunos do Curso. “É legal porque os alunos passam a conviver com pessoas de outras faixas etárias, que tem outra forma de pensar e ver o mundo. Além disso, os idosos participam mais ativamente das aulas, eles fazem perguntas, querem produzir e tem uma vontade muito grande de aprender coisas novas, o que muitas vezes não é o que acontece com os estudantes” enfatiza.
INTERAÇÃO
Viviane Fetzer
Troca de experiências marca o projeto “Aluno Ouvinte”
do Programa Terceira Idade da Unisc
Para Viviane, é importante ressaltar o aprendizado mútuo que todos recebem no programa. “Vejo nesse projeto uma boa forma de mostrar para os estudantes que não são só eles que querem aprender, que os idosos, mesmo já tendo toda a bagagem da vida, ainda querem melhorar seus conhecimentos e também dividi-los com as turmas” finaliza.
Para ArbinoClass de 64 anos, aluno da disciplina de Radiojornalismo, a oportunidade é de grande valor. “É uma experiência muito boa interagir com os jovens dentro do Radiojornalismo que é a disciplina que faço. É um aprendizado muito grande. Na primeira aula me senti um peixe fora d’água, mas depois fui me adaptando, agora vou pra quarta aula e os colegas já aprenderam a gostar de mim, está tudo tranquilo” destaca Arbino, que revela ser a interação o principal para o bom convívio.
“Os dois lados tem que se adaptar um ao outro. O mais velho tem que aprender a ver o boné virado para o lado e achar normal, já o mais novo tem que aprender a ver o boné reto sendo normal, e isso está acontecendo, está sendo muito bom”, contemporiza Class.
Como é um projeto-piloto, o objetivo ao fim do semestre, partindo da avaliação dos idosos, professores e alunos, é ampliar para outros cursos da Unisc que demonstrem interesse.
