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Incêndios em áreas de mata causam transtornos

Divulgação/RJ
Susto aos moradores: labaredas altas e muita fumaça chamaram atenção na área do Distrito Industrial

Na noite de quinta-feira, 13, por volta das 19 horas, um incêndio em uma área de mata no Distrito Industrial de Santa Cruz do Sul, nas proximidades do Centro de Distribuição da Afubra, causou alvoroço na cidade. O céu ficou alaranjado com as altas chamas e uma densa nuvem de fumaça chamou a atenção. O sinistro, com atendimento pelo Corpo de Bombeiros, começou a ser controlado na madrugada de ontem, mas retornou com focos ainda durante o dia.


Os bombeiros trabalharam intensamente no local para evitar que as chamas se alastrassem e atingissem as residências e postes de energia próximos aos focos de incêndio. Para atender os chamados, o efetivo conta com duas guarnições, uma na sede do Pelotão e outra no Distrito Industrial, mas conforme a necessidade busca apoio mútuo dos Bombeiros de Vera Cruz, além dos agentes que atuam na administração da corporação.


A ocorrência que assustou os moradores dos loteamentos Santa Maria e Viver Bem somou-se a mais três locais que também registraram focos: os bairros Linha João Alves e Linha Santa Cruz e a cidade de Passo do Sobrado. No Distrito Industrial, conforme o 1º sargento Wilson Hilário da Costa, responsável pelo comando do 1º Pelotão de Bombeiros Militar de Santa Cruz do Sul, foram mais de seis horas de trabalho.


“A quinta-feira foi um dia bastante atípico. Várias ocorrências de fogo em mato e algumas com maiores proporções. A ocorrência do Distrito Industrial, nos bairros Rauber e Carlota, foi de maior intensidade e contou com o apoio completo. Foram quatro viaturas de combate a incêndio e 12 militares atuando para a extinção do fogo. Foi encerrada próximo às 3 horas da madrugada. Inclusive nossa equipe da sede esteve no local durante o dia para extinção de novos focos. As demais ocorrências não foram tão expressivas, mas provocaram um grande desgaste para nossos militares”, frisou.


O principal fator de incêndio na mata é a estiagem. “A vegetação está muito seca e vulnerável ao calor, fato que contribui para as queimadas. Nesta época do ano, de novembro até meados de março, é natural o aumento significativo das ocorrências de fogo em vegetação, mas em 2021 e 2022 estamos notando um aumento das ocorrências, bem como da intensidade delas. A maioria das ocorrências são na área rural e margens de rodovias. Até ocorrem em perímetro urbano, mas com menor gravidade.”


As altas temperaturas também colaboram, e muito, para a ocorrência de incêndios. Por isso o sargento enfatiza que se deve ter o cuidado para não fazer queimadas. “Mesmo que seja para renovar o solo. Outros cuidados são vitais, como não jogar bitucas de cigarro acesas às margens das rodovias ou terrenos, manter estas áreas com a vegetação bem aparada. Garrafas, quando expostas ao sol, podem provocar o efeito lupa. Mas o principal é ter atenção quanto às ações”, enfatizou.

Ana Souza

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