Dobrar os joelhos é uma atitude de humildade, especialmente, perante o Criador. Dobrar os joelhos reflete nossa condição de submissão diante de Deus para demonstrar obediência diante do Divino.
Nas aves, acontece estranho fenômeno: quando dormem, os pássaros dobram o joelho e com isso fixam os pés no galho das árvores, impedindo a queda durante a noite.
Este é um momento de reaprender algumas práticas antigas, à semelhança de dobrar os joelhos, com sinal da obediência e humildade.
Nosso tempo não é muito dado a isso, porque ainda estamos vivendo a arrogância do saber mais, do ter mais, enfim, do ser mais. As circunstâncias do coronavírus nos estão derrubando do alto de nossa arrogância para aprender que já não dominamos nosso território sequer, muito menos podemos nos impor diante dos demais, porque nossas soluções são cada vez mais limitadas e frágeis, já que nem de casa podemos sair.
Dobrar os joelhos e rezar para que não sejamos infectados e não nos tornemos vítimas da pandemia que assola o mundo inteiro. Um conhecido líder mundial afirmou que uma morte é uma tragédia, mas milhares de mortes viram estatística. Ver caixões enfileirados em alguns países é uma imagem dantesca, pior ainda ver cadáveres atirados nas ruas em países próximos, porque o serviço fúnebre não dá conta de recolhê-los e enterrá-los.
Já contamos milhares de vítimas mundo afora, com receio de que não tenhamos atingido o ápice da crise, sem ainda ter ideia do que será a crise financeira, com as pessoas não tendo recursos para comprar comida e ou cuidar da saúde.
É preciso reaprender as dobrar os joelhos para rezar em humilde reverência à vida e gratidão pelo que temos tido como bênçãos diárias, com a prece de que o bondoso Deus nos proteja e abençoe para superarmos a crise.
