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Leitura ganha espaço no Colégio Mauá

Alyne Motta – [email protected]

Desde a segunda-feira, 24 de setembro, até ontem, 28, o Colégio Mauá realizou a sua II Semana Literária. Diversas atividades foram realizadas na escola, a fim de que a leitura fosse estimulada e ganhasse espaço na rotina dos estudantes. Para tanto, uma grande programação foi desenvolvida.
Entre as atividades, o destaque foi para os escritores Letícia Wierzchowski, Carlos Urbi e Gláucia Souza, que foram até a escola para contar suas histórias, conversar com os alunos e incentivarem a produção literária. Os bate-papos foram um sucesso entre os estudantes.

Nestor Raschen

Bate papo entre alunos estimulou a escrita e a leitura

Para a escritora Letícia, eventos como esses são bacanas e despertam o interesse dos alunos em relação à escrita e a leitura. “Ao escrever um livro ou um texto, tem que fazer para si, sem pensar se os outros vão gostar ou não. A literatura permite isso”, explica.
Letícia comenta ainda que a vida de escritor não é fácil, assim como qualquer outra profissão. “A sociedade se espanta quando surge alguém que não quer fazer o que todo mundo faz, como escrever. Cada um tem que acreditar no que quer e faz”, declarou a escritora.

Nestor Raschen

Letícia Wierzchowski contou sua história como escritora aos alunos

Ela ainda falou sobre a indecisão que ronda a cabeça dos alunos sobre o futuro. “É muito comum não saber o que se quer da vida aos 16 anos, portanto não é obvio ter certeza do que se quer. É preciso ter alguns erros para acertar futuramente”, afirmou ela durante a entrevista

DO LIVRO PARA A TV
Autora de obras como a Casa das Sete Mulheres, que deu origem a minissérie de mesmo nome, dirigida por Jayme Monjardim, Letícia comentou sobre a adaptação na televisão. “Meu trabalho termina com o ponto final, assim como o do Jayme começou a partir disso”.
Segundo Letícia, “uma boa história não faz um bom filme”. Ela ainda destaca que a minissérie fez bem para a auto-estima do povo gaúcho. “O Brasil é um país muito grande e repleto de histórias para contar, mas que se desconhece”, comenta a autora, ressaltando a alegria do povo ao ver sua história na televisão.
Letícia ainda destaca que sempre foi muito urbana e que não teve muita relação com o regionalismo. “Foi uma criação literária baseada na nossa história, mas não significa que eu viva isso na pele”, brincou a autora. “É o mesmo fato sobre o livro que escrevi sobre a Bahia”, acrescentou.