Vagner Cerentini
Lavador de alta pressão faz menção ao escândalo da Lava Jato
Vagner Cerentini
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Já se passaram mais de 30 dias que os servidores do INSS começaram uma greve reivindicando seus direitos e nenhum acordo foi feito. O governo não está aderindo às propostas feitas pelos trabalhadores, e os servidores afirmam que a paralisação continua com prazo indeterminado até que suas reivindicações sejam aceitas.
Caroline Cruz, técnica do Seguro Social, diz que as atividades continuam sendo as mesmas para os servidores de Santa Cruz, toda manhã eles se reúnem em frente à sede do INSS do município. “Alguns trabalhadores atuam nessa área há 30 anos, eu estou há apenas três, estamos todos unidos nessa paralisação e é muito triste ver que as coisas chegaram a esse ponto”, disse Caroline.
Segundo Caroline, muitos atos estão sendo realizados para que o governo tome alguma atitude. “Semana passada realizamos uma passeata em Porto Alegre, e domingo mais um grupo irá a Brasília. É previsto que umas três caravanas ou mais se desloquem do Rio Grande do Sul até a capital do país”, explicou a técnica.
Os servidores levaram um lavador de alta pressão para a rua onde ficam durante toda a manhã para fazer menção ao escândalo da Lava Jato. “O governo diz não ter dinheiro para nos pagar, e ao mesmo tempo existe uma corrupção que envolve milhões”, disse Caroline. “O Sindicato também entrou com uma liminar pedindo para que não aconteça o corte do salário, que o governo está ameaçando cortar, mas a ação ainda não saiu do papel”, ressaltou.
As reivindicações continuam sendo as mesmas (27% de reposição, condições de trabalho, concurso público e incorporação de gratificações). “A falta negociação é o que mais está prejudicando a greve”, afirmou a técnica.
Enquanto a paralisação persiste, alguns servidores estão fazendo peças de tricô para doar à Copame. “Pretendemos ao fim da greve pendurar todas as peças num varal e tirar uma foto para mostrar o trabalho que foi feito durante a paralisação”, finalizou Caroline.
