Alyne Motta
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Com cartazes e roupas pretas, os alunos, pais, professores e comunidade da Escola José Mânica realizaram uma manifestação no fim da tarde de terça-feira, 2 de abril. A reivindicação foi pela construção de um novo prédio, permitindo que os cerca de 240 alunos voltem a estudar na área da escola.
Junto à manifestação, a diretora Josi Severo anunciou que foi assinado pelo secretário estadual de Educação, José Clóvis de Azevedo, o contrato autorizando a construção de salas moduladas. O documento foi entregue na tarde de segunda-feira, 1º de abril, pela 6ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE).
Alyne Motta
Manifestação serviu para anunciar a assinatura do contrato de construção. Nova luta é pelo prédio definitivo
Na terça-feira, a diretora recebeu um telefonema do deputado estadual Marcelo Moraes (PTB), confirmando que o mesmo contrato também já tinha sido assinado pelo secretário estadual de Obras, Luiz Carlos Busato, e pela Triedro Engenharia Construções e Avaliações
Em cinco dias, a contar de ontem, 3 de abril, devem ter início as obas, que levam cerca de 40 dias para ficarem prontas. “A primeira batalha foi vencida e conquistamos parte do que almejamos. Agora temos a certeza de que a obra vai iniciar e todos os alunos vão estudar dentro do José Mânica”, declarou a diretora.
Alyne Motta
Josi Severo: “A primeira batalha foi vencida”
COMEMORAÇÃO
Para os alunos presentes na manifestação, a notícia veio com comemoração. “Esta conquista é de todos. Em breve não precisaremos mais pegar ônibus para aprender. Vamos estudar dentro da nossa escola, local em que nos sentimos bem”, afirmou Pâmela Tavares, presidente do Grêmio Estudantil Alex Thomas.
Embora seja uma situação provisória, os pais consideram um grande passo os filhos estudarem em salas moduladas. “As crianças estudando aqui perto vai facilitar muito, pois não vão se sentir isolados como se sentem”, comentou Jaqueline Tavares, que tem filhos estudando no Colégio Dom Alberto.
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Pâmela Tavares: “Vamos estudar num local em que nos sentimos bem”
NOVA LUTA
Lideranças políticas, comunitárias e estudantis estiveram presentes na manifestação e no anúncio das assinaturas do contrato. Para a presidente do 18º Núcleo do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers), Miriam Trindade, a luta ainda é muito grande.
“Vocês estão comemorando este passo porque foi muito sofrido. Mas esta não é a maior conquista de vocês. Essas salas moduladas vocês deveriam ter recebido no início do ano letivo, ao natural, e não no mês de maio, como vai ser”, explicou durante a manifestação.
Conforme Miriam, o que deveria ser comemorado a esta época do ano é a finalização da construção definitiva da escola. “Um ambiente bonito e bem construído é o que todo aluno merece. Esperamos que o prédio não demore tanto quanto a construção das salas moduladas”, acrescentou.
A 6ª CRE não se manifestou até o fechamento da edição sobre questões referentes ao prazo de execução do prédio definitivo para a Escola. A Coordenadoria encontrava-se em expediente interno e não respondeu as perguntas enviadas pela redação do jornal.
Alyne Motta
Com cartazes, alunos pediram mais atenção para a situação vivida por eles
ENTENDA O CASO
Em setembro de 2012, um dos prédios da Escola foi interditado por apresentar rachaduras e causar riscos aos alunos, fazendo com que a Escola, desde então, sofra com a falta de espaço. No início deste ano, o mesmo foi destruído e a área em que estava foi isolada.














