Camerata Florianópolis/Maria Victória
Fausto Kothe é formado em viola na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
Vagner Cerentini
O santa-cruzense que crescera ouvindo o saxofone do pai e o violão da mãe em um conjunto instrumental, está prestes a viver um dos melhores dias de sua vida. Fausto Kothe, formado em viola na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), tem 35 anos e toca o instrumento desde 1996. Recentemente foi convidado, junto com a orquestra Camerata Florianópolis, para tocar num dos maiores eventos da música do mundo, o Rock in Rio; e como se não bastasse, ainda vai dividir palco com Steve Vai, um dos maiores guitarristas do rock and roll.
Em entrevista ao Riovale Jornal, ele conta como foi receber o convite e também fala de sua trajetória na música.
Riovale Jornal – Como você ficou sabendo que ia tocar com Steve Vai? Quando?
Fausto Kothe – O produtor do Rock in Rio ligou para a produção da orquestra Camerata Florianópolis, da qual sou integrante, e perguntou se a orquestra tinha interesse. Este fato ocorreu em meados de março.
RJ – Qual foi a primeira coisa que lhe veio à cabeça quando recebeu o convite para tocar com Steve Vai?
Kothe – Primeiro não acreditei, tocar no Rock in Rio é uma realização profissional para quase todos os músicos. Fomos convidados a tocar e isso é o reconhecimento de um árduo trabalho. Agora, dividir o palco com um dos maiores guitarristas da história é perfeito.
RJ – Como está sendo a preparação para o show?
Kothe – Já estamos recebendo as músicas que serão apresentadas, e um dos arranjadores que trabalham com a orquestra, compôs uma obra de abertura no show. Resta agora aprovação do Steve Vai, que já recebeu a música em mãos na semana passada.
RJ – Quais são suas perspectivas de carreira após o show?
Kothe – A ideia é que muitos convites sejam feitos para a orquestra após o show, trabalhamos com vários projetos diferentes, Rock’n Camerata, Jazz Camerata, que estamos finalizando num incrível CD, música popular, eletrônica e assim vai.
RJ – Porque foi morar em Santa Catarina?
Kothe – Porque aqui tenho melhores oportunidades de trabalho.
RJ – Que instrumento você toca na orquestra?
Kothe – Toco viola, que é da família do violino.
RJ – Quando você começou na música?
Kothe – Sempre tive aulas de música, pois a minha mãe, que mora em Santa Cruz do Sul, foi professora de violão e musicalização infantil.
RJ – Qual sua trajetória na área musical?
Kothe – Comecei a estudar viola em 1996, apenas como aprendizado pessoal, em 1999 passei na seleção do conservatório da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa) e em 2001 comecei meu bacharelado na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) no mesmo instrumento. Terminei a graduação no final de 2004, e em 2005 tive a oportunidade de ser músico convidado da Ospa. Atuei como professor em Santa Cruz, Ijuí e Panambi até 2010, ano em que ingressei no mestrado em música na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Em 2011 passei na prova prática para tocar na Camerata Florianópolis e para atuar como professor de ensino superior em viola e outras disciplinas na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), onde trabalhei até o final de 2013.
Atualmente continuo tocando na orquestra e dando aulas de instrumento em Florianópolis e outras cidades, nas quais possuímos projetos sociais de música.
Camerata Florianópolis/Maria Victória
Kothe faz parte da orquestra Camerata Florianópolis desde 2011
