As vezes ao comentar minhas preferências, como por exemplo, dizer que aprecio o frio que gostaria que ele fosse contínuo, observo que algumas pessoas ficam extremamente irritadas e aborrecidas, por certas vezes procuro o silêncio ao me indispor com alguns indivíduos.
Neste momento que vivemos uma crise econômica em nosso país e com inúmeras divergências de opiniões do lado A ou B, que é algo positivo, pois ainda vivemos em uma democracia, e espero que continue assim. Mas o que observo são vários desentendimentos e extremismo, pois muitos não respeitam a opinião alheia. A partir dessas atitudes cabe uma reflexão, o que seria dos humanos se não fossem nossas diferenças de opiniões, crenças, times, partidos políticos, enfim uma diversidade eloquente.
Isso faz com que cada um de nós sejamos únicos neste universo esplendoroso, e essas divergências, que trazem a essência de nossa singularidade. De uma forma ou de outra, a opinião alheia, seja ela sobre o que for acaba causando certo incômodo em algumas pessoas que simplesmente não a aceitam. Num mundo como o de hoje, onde desejamos tanto expor as nossas opiniões e queremos que a respeitem devemos fazer o mesmo com a dos outros.
Creio que toda relação é uma via de mão dupla, devemos respeitar para sermos respeitados, mas infelizmente o que noto com cada vez mais frequência é que essa reciprocidade está entrando em extinção.
Apesar de por momentos não concordarmos com certas opiniões, o que convém, e é de fundamental importância é respeitar o direito que cada um tem de se manifestar e proferir suas opiniões, como também o direito que cada um tem de defender suas ideias.
Assim como quaisquer outros, que têm opiniões diferentes, de discordar e contrapor seus argumentos, as opiniões alheias não devem ser um infortúnio. Devemos, sobretudo, evitar o excesso em nossas atitudes, na defesa de crenças ou opiniões que podem levar ao extremismo e ao radicalismo que geralmente vem acompanhado de intolerância, fanatismo e até violência.
Sabrina Borges Portela
Bióloga e Professora
