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Os cenários góticos em exposição

Alyne Motta
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O artista plástico Joe Nunes apresenta sua nova exposição na noite de hoje, 6 de junho. A partir das 19h, no Centro de Cultura Jornalista Francisco José Frantz, inicia o coquetel que dá abertura à mostra “Ghotica”, que reúne, até dia 21 de junho, quadros pintados por ele.
As telas são inspiradas na obra do escritor inglês Oscar Wilde e nos cenários descritos por Sir Arthur Conan Doyle em seus contos de terror e mistério. O artista traz para o público, paisagens noturnas emolduradas por cenários de ruínas e figuras míticas como esculturas e imagens de anjos.
A coleção de telas, algumas possíveis de comercialização, está sendo apresentada enquanto seu novo trabalho – Mahyra, que tem como cenário as deidades Tupi-guarani – não fica pronto. Ele também é autor de Anjos Urbanos (com a temática de crianças de rua) e “Tradução da Miséria” (com catadores de materiais recicláveis).

Divulgação/Joe Nunes

Joe Nunes traz o “Ghotico” para telas presentes em exposição

A realização é da AGA Produções Artísticas e do Departamento de Cultura da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Smec) de Santa Cruz do Sul, com o apoio de Mil Letras Comunicação Visual e o patrocínio de Soma Contabilidade, Dinosgeo Consultoria Ambiental, Cool e Vintage e Sindibancários Santa Cruz do Sul e Região.
O Centro de Cultura Jornalista Francisco José Frantz está situado na rua Ernesto Alves, 817. O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 7h45 às 11h45 e das 13h30 às 17h30, sem abrir aos sábados e domingos. Informações através do fone (51) 3056 2824.

SOBRE JOE NUNES
Artista plástico e desenhista autodidata, Joe Nunes trabalha profissionalmente também com publicidade e design. Começou a apresentar seu trabalho no ano de 1999 e já participou de inúmeras exposições no Rio Grande do Sul e também em São Paulo e Portugal.
No início de sua carreira adotou o surrealismo como gênero e Salvador Dali como mestre. Com a evolução e amadurecimento, sua obra começou a tomar formas mais sombrias e as nuances surrealistas confundem-se agora com dadaísmo e com suas próprias concepções, a qual chama de Simbolismo Hermético.

Divulgação/Joe Nunes

Artista plástico traz terror e mistério para suas telas

Suas telas agora se tornam cada vez mais claustrofóbicas e mostram a quem as observa um “mundo de espelhos” que choca e até mesmo agride os mais desavisados ao se verem de repente refletidos nelas. Residindo no interior do Rio Grande do Sul, gosta de blues e coca-cola.
Sua técnica atual transpõe o óleo sobre tela comum, em painéis de madeira usa colagens, objetos e enigmas para produzir seus trabalhos. Junto ao Catalão Dali agora também estão o norte-americano Bill Sienkiewicz e o britânico Dave McKean como fontes de inspiração.
Nunes também faz teatro e foi dele que trouxe suas preocupações sociais, traduzidas em seus dois trabalhos mais conhecidos, as coleções de telas Anjos Urbanos e Tradução da Miséria, este último foi financiado pelo Ministério da Cultura (Minc) e também se tornou um documentário homônimo.