Na tarde de sexta-feira, 31 de agosto, a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), por meio da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação, recebeu o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), professor Jorge Almeida Guimarães. Ele abordou o tema Plano Nacional de Pós-graduação (2011-2020) na aula magna realizada no anfiteatro do bloco 18 da instituição.
Segundo o palestrante, a Capes é única no mundo e fornece recursos para a pesquisa e acesso à literatura internacional aos estudantes do ensino superior. Atualmente, há cerca de 250 mil mestres e doutores no Brasil. A formação anual é de 12 mil doutores e 40 mil mestres. A partir de 2020, a meta é formar, por ano, 60 mil mestres e de 22 a 25 mil doutores.
“A Capes opera com os cursos de pós-graduação das universidades, que formam os alunos. Temos que ter recursos financeiros para fomentar isso e oferecer atrativos para as universidades montarem os seus cursos de pós-graduação. Temos que possibilitar que elas possam contratar bons doutores para o doutorado e também para o mestrado”, apontou Guimarães, referindo-se aos desafios a serem enfrentados pela Capes para que a meta seja alcançada.
Felipe Nopes
Jorge Almeida Guimarães: quase 90% dos cursos de pós-graduação oferecidos no Brasil têm conceito 3, 4 ou 5
Ele destacou que, numa escala de 1 a 5, quase 90% dos cursos de pós-graduação oferecidos no Brasil têm conceito 3, 4 ou 5, o que é considerado muito bom. A região sudeste é a que possui cursos com as melhores notas, seguida da região sul. Em último lugar está a região norte.
Com relação à quantidade de candidatos, a maior deficiência para a formação de mestres e doutores está na área da engenharia, visto que esse problema já é percebido na graduação. “Isso é devido à educação básica de má qualidade, principalmente o ensino de matemática e de ciências”, assegurou Guimarães. As áreas de Ciências Humanas e de Ciências Sociais Aplicadas estão entre as mais procuradas pelos candidatos.
