Diego Dettenborn – [email protected]
Na noite da última quinta-feira, 27 de junho, a sala número 5328, localizada no bloco 53 da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) recebeu um dos seus maiores públicos, no que diz respeito a palestras e atividades que fogem da rotina da universidade. O painel com o tema “A Inclusão da Pessoa com Deficiência na Escola”, iniciativa do curso de Licenciatura em Computação da Unisc, foi um verdadeiro sucesso. Ao todo, mais de cem pessoas puderam conferir o evento.
Os palestrantes Inácio Roeveder, vice-diretor do Colégio Marista São Luís e especialista em educação inclusiva, e Maria Eugênia Malheiros Kiehl, mestre em Reabilitação e Inclusão pelo Centro Universitário Metodista IPA, de Porto Alegre, abordaram temas direcionados à potencialização dos professores que poderão vir a trabalhar com alunos portadores de algum tipo de deficiência.
O público, formado na sua maioria, por alunos da licenciatura e computação, também contou com estudantes das demais licenciaturas, professores e interessados na questão da inclusão das pessoas com deficiência na escola e na sociedade. O grande número surpreendeu os organizadores.
A professora Márcia Kniphoff da Cruz, coordenadora do evento, que faz parte de uma série de workshops oferecidos pelo curso de Licenciatura em Computação, destacou o encontro. “O foco especial é observar o que existe de convencional e tentar adaptar para a informática, fazendo com que a pessoa portadora de deficiência tenha mais possibilidade de interação e de conviver de forma natural no meio social.”
Durante a palestra foi ressaltado também que o movimento da inclusão é muito especial, porém, precisa ser pensado e trabalhado de forma abrangente. “Precisamos ouvir quem pesquisa muito tempo este assunto que é o caso dos palestrantes que aqui estiveram hoje.” Ressalta a coordenadora.
Diego Dettenborn
Em pauta a inclusão da pessoa com deficiência física. Sala ficou completamente lotada
Causa
Segundo Márcia o número de pessoas com deficiência em Santa Cruz do Sul é bastante significativo, pois nas escolas santa-cruzenses é possível encontrar estudantes com dislexia, hiperatividade, disgrafia, surdos e também cegos. “Não impede que essas pessoas possam conviver com aqueles que não apresentam nenhum tipo de deficiência. A socialização, e acima de tudo os meios tecnológicos para que eles tenham maior acessibilidade, fazem toda a diferença neste processo.”
