Início Geral PIM apresenta metodologia criativa para manter vínculos com comunidades carentes

PIM apresenta metodologia criativa para manter vínculos com comunidades carentes

Fotos: Divulgação/SESA

A árvore de grande porte que fica em frente ao conhecido Casarão, no Loteamento Beckenkamp, ficou mais colorida na tarde desta terça-feira, 23. Nela, profissionais do programa Primeira Infância Melhor (PIM) penduraram livrinhos de histórias para crianças de até 4 anos e com orientações para gestantes daquela região. A atividade, chamada de A árvore de histórias, foi uma iniciativa da estagiária Larissa Gabe de Almeida, que buscou por meio dela dar continuidade aos acompanhamentos de famílias carentes durante a pandemia, mas de uma forma segura para todos. Para isso, ela contou com a ajuda da agente de saúde do bairro, Vanessa Cristina dos Santos.

Conforme Larissa, que é estudante do 3º semestre de Pedagogia na UFRGS, a ideia surgiu a partir da necessidade de manter distanciamento social sem prejudicar as ações desenvolvidas com as crianças. “Fazemos visitas semanais às famílias, mas com a pandemia, não podemos entrar em contato direto com elas. A árvore de histórias surgiu como uma forma criativa de estarmos próximos. Também queremos que essa atividade sirva de estímulo para os pais, fazendo com que tenham segurança para dar continuidade ao desenvolvimento cognitivo de seus filhos.”

Com materiais do PIM, Larissa buscou a ajuda da avó que é costureira para produzir os livros de feltro e EVA. As obras também foram voltadas a gestantes, com orientações e cuidados que devem ter. Pendurados nas árvores, puderam ser recolhidos por mães e filhos participantes do programa. No local, agentes de saúde e integrantes do PIM também reforçaram medidas de prevenção à Covid-19 e a importância do uso de máscaras. “Essa também é uma forma de observarmos como estão essas pessoas, se as crianças estão bem”, acrescenta a coordenadora do Primeira Infância Melhor (PIM) no município, Márcia Wazlawik.

Márcia explica que o programa disponibiliza dez visitadores, que atendem bairros com grande vulnerabilidade social. Com famílias que possuem acesso à internet, o grupo tem realizado as ações de uma forma diferente: semanalmente, envia atividades pelo WhatsApp para que os pais possam realizar em casa com seus filhos. “A faixa etária atendida é considerada determinante no desenvolvimento cognitivo, por isso é tão importante que esse acompanhamento continue”, afirma.

Sobre o projeto

Objetivos:
Proporcionar às famílias uma continuidade no acompanhamento às suas crianças, especialmente aquelas que não possuem acesso a tecnologias, através de uma aproximação com materiais lúdicos; Fortalecer seus vínculos afetivos proporcionando o cuidado e o desenvolvimento das crianças, levando em conta o distanciamento social que o momento exige;e Renovar os vínculos do programa com cerca de 8 famílias, com crianças com idades entre 7 meses e 4 anos, que vivem em situação de vulnerabilidade e que possuem pouco acesso ao meio digital.

Metodologia:
A metodologia consiste em seguir acompanhando à família através de um ponto estabelecido no bairro, criando um canal a partir deste local e da confecção de livrinhos sensoriais, feitos em feltro e EVA e trazendo inúmeros materiais, como caixas de ovos, lixas, pedrinhas, tecidos e diferentes tipos de papéis na confecção dos personagens. A ideia é apresentar por meio do livrinho cantigas de roda como “Cai, cai balão”, “Indiozinhos”, “Ciranda, cirandinha”, “Borboletinha”, “O sapo não lava o pé”, “O peixinho do mar” e “A dona aranha”, para serem cantadas nas famílias, atrelando o aspecto da linguagem ao cognitivo e a motricidade, desenvolvendo a criança enquanto canta e brinca, além de proporcionar alegria e bem estar aos envolvidos.