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Polícia pede colaboração da comunidade em investigação

Everson Boeck
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A Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) está pedindo a colaboração da comunidade solicitando informações de quem possa ter vistoLeodete Aparecida da Silva, de 35 anos, na madrugada de sexta-feira, 29 de novembro, para sábado quando ela foi morta carbonizada. A mulher residia com a mãe no Bairro Faxinal/Menino Deus e tinha dois filhos. A polícia acredita na hipótese de crime circunstancial.
Conforme a delegada Lisandra de Castro de Carvalho, titular da Deam, as informações apontam que Leodete teria saído de casa na sexta-feira acompanhada de uma amiga para irem juntas a uma casa noturna situada na Rua Sete de Setembro, próxima à igreja evangélica. Esta seria a primeira vez de Leodete no estabelecido, no entanto, a amiga já frequentava o lugar e a teria convidado para conhecer o ambiente. No local, ela dançou com um homem com o qual, antes das 4h, teria saído da casa noturna quando foi vista pela última vez. Durante esta semana a polícia ouviu o suspeito, porém, segundo a delegada, ele tem um álibi que, até o momento, o exclui da cena do crime.

Everson Boeck

Lisandra: “Precisamos de informações que possam ajudar”

CRIME CIRCUNSTANCIAL

Após saírem do local, ambos não foram mais vistos. A delegada afirma que a polícia acredita que o homicídio se caracterize como um crime circunstancial. “Acreditamos que, ao sair da casa noturna com o homem, eles não tenham se entendido para prosseguir. Neste momento ela pode ter encontrado outra pessoa que a levou até o local (no final da Rua Sete de Setembro). Lá ela pode ter tido a relação, sido agredida, depois, queimada viva”, relata Lisandra. “Se fosse alguma vingança, um crime planejado, não teria sido realizado num lugar tão óbvio, cheio de residências por perto. O local onde ela foi morta é conhecido por ser frequentado por casais na noite”, explica.
Alguns pontos chamam a atenção da polícia e tornam o caso mais complexo. De acordo com a titular da Deam, a vítima saiu sem bolsa na noite anterior. Ela estaria portando apenas um cartão de crédito e sua identidade, os quais não foram encontrados. Além disso, ela não avisou nenhum conhecido para onde estava indo, além de sua amiga.
Diante das investigações, a polícia também afirma que a vítima foi agredida eainda estava viva quando foi carbonizada. Para isso, alguma substância foi usada para acelerar a combustão. “Acredita-se que tenha havido algum desentendimento entre ela e o criminoso que tenha saído de controle. Sem dúvidas o bandido queria dificultar a identificação do corpo para ganhar tempo”, conclui Lisandra.
A vítima apresentava uma lesão no cérebro, logo é possível que ela estivesse apenas inconsciente quando o fogo foi ateado. Como a necropsia não esclareceu este fato, está sendo realizado um exame complementar para determinar qual substância foi usada.

DENÚNCIAS

O principal foco da investigação agora se trata de um veículo que foi visto por testemunhas logo após Leodete ter deixado a casa noturna. “Temos informações de que ela ingressou em um automóvel que andou nas proximidades do local de maneira muito suspeita onde a vítima encontrada”, informa. A delegada pede que qualquer informação seja comunicada à Polícia Civil pelo telefone 197 ou diretamente à Deam, em horário comercial, pelos telefones 3713 4340 e 3711 4513.
Na noite do crime, Leodete vestia um short de cor clara, uma blusa azul, um sapato de salto alto azul e usava óculos. “Se alguém a viu naquela noite ou conhece alguém que possa tê-la visto, por favor, nos comunique; ou, ainda, se conhece alguém que tenha tido atitude suspeita nos últimos dias, como sair da cidade sem motivo, também pode ajudar”, solicita.

Divulgação/Deam

Imagem mais recente da vítima