Ter uma formação no exterior, meta antes praticamente restrita a uma privilegiada parcela da população, está ao alcance de um número cada vez maior de jovens brasileiros. Vários fatores têm contribuído para essa mudança, em especial a estabilidade econômica, o aumento do poder aquisitivo da população, o crédito farto e maiores oportunidades de emprego.
O cenário positivo no Brasil tem gerado maior confiança no futuro, estimulando os pais a investir mais na formação acadêmica dos filhos. Uma evidência dessa realidade é o aumento do número de brasileiros estudando em universidades estrangeiras. Estima-se que, em 2011, cerca de 200 mil brasileiros estavam estudando fora do Brasil, número que cresce a uma taxa de 15% ao ano.
A favor dessa democratização de se estudar fora do País convergem as oportunidades diferenciadas de ofertas de bolsas de estudos, via programas oficiais e empresas privadas, por mérito acadêmico ou esportivo. Em ambos os casos, prevalecem habilidade e desempenho. Neste ano, o governo brasileiro disponibilizou bolsas em universidades estrangeiras com duração de 12 meses, pelo Programa Ciência Sem Fronteiras, reforçando a valorização do estudante com essa qualificação. O programa, lançado em novembro, está levando este ano cerca de 20 mil alunos a universidades de excelência na Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, Coreia, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Itália, Portugal e Reino Unido.

Por parte das empresas, são várias as frentes oferecidas para que jovens estudantes realizem seu sonho, por meio de bolsas de estudos integrais ou parciais. Um caminho menos trabalhoso e burocrático.
Organizações como o Collegiate Sports of America (CSA), por exemplo, uma das maiores e mais tradicionais relacionadas ao recrutamento de jovens para bolsas esportivas e acadêmicas, desembarcaram recentemente no País para explorar esse mercado promissor, que só nos Estados Unidos movimenta mais de 1 bilhão de dólares por ano. Em matéria de excelência e reputação no meio acadêmico, os Estados Unidos ainda se destacam com 44 universidades norte-americanas ranqueadas pela londrina Times Higher Education (THE).
A experiência de estudar fora do País reúne qualificações que certamente serão diferenciais em um mercado de trabalho cada vez mais disputado. O domínio de uma segunda língua, a convivência com outras culturas e com pessoas de diferentes nacionalidades são decisivos para um currículo profissional mais completo em uma seleção de emprego e para uma carreira promissora, em que pese o amadurecimento do jovem profissional.
*Diretor do Collegiate Sports of America no Brasil














