Início Geral Respeitável público, ainda dá tempo de ir ao Circo Metropolitano

Respeitável público, ainda dá tempo de ir ao Circo Metropolitano

Até o dia 6 de novembro, apresentações ocorrem no formato drive-in, pela família Fermino e seus artistas

Luciana Mandler
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Seu Adão, aos 75 anos ainda atua como palhaço e não se vê longe das lonas do circo. Foto:
Rolf Steinhaus

A magia e a diversão do Circo Metropolitano estão em Santa Cruz do Sul. Desde o início do mês de outubro é que o espetáculo está na cidade, realizando apresentações no estacionamento do Shopping Santa Cruz. Neste ano, devido a pandemia de Covid-19, o formato nas apresentações precisou ser adequado, passando a ser drive-in.

Para os profissionais, um ano difícil, pois foram sete meses parados, sem poder trabalhar, “sem poder levar a alegria para as crianças”, comenta Daniel Geiss, gerente de Marketing do circo e artista, mais conhecido como Palhaço Cuequinha.

O Circo Metropolitano de Lajeado, que existe há 52 anos foi fundado pelo casal Adão Fermino, 75 anos e Noeli Fermino, 70 anos. E quem mantém a tradição é um dos filhos do casal, duas netas e o próprio dono, seu Adão – que atua como palhaço, além é claro, alguns artistas contratados. Daniel Geiss é um deles, que há 11 anos está com a família Fermino e se sente como se fosse parte dela.

A rotina dos artistas inicia cedo da manhã, quando acordam, tomam um café em família e logo após começam o aquecimento para a apresentação noturna. “Uma rotina normal para nós e que cumpre com seus deveres à noite”, explica Geiss.

Há mais de cinco décadas se dedicando a levar a alegria para o público, o circo, aos poucos é deixado de lado. Para Geiss, antigamente o circo era mais lembrado. “Hoje, a tecnologia é avançada. Antigamente não tinha sinal de telefone, não tinha internet, não tinha televisão, em alguma cidade havia cinema. Hoje tem tudo e o circo é menos lembrado”, lamenta.

Com a pandemia a situação piorou, pois as lonas do circo precisaram ser fechadas. Porém, foi um aprendizado para aqueles que, por muitos anos, se dedicaram ao circo. “Sobrevivemos de cestas básicas doadas por pessoas que moram na cidade de Taquari e vendendo maçã do amor e também bolas e balões coloridos para poder nos mantermos e pagar as contas”, recorda. “Foi um susto para nós, mas tudo passou e nossa alegria voltou ao podermos fazer o espetáculo”, completa.

“Tivemos que nos adaptar com um espetáculo diferente, o drive-in, onde você assiste o espetáculo de dentro do seu carro, com todas as normas de segurança”, conta. “Eu, Daniel Geiss, mais conhecido como Palhaço Cuequinha não me sinto muito feliz por não ter o contato com as crianças e com os adultos”, diz entristecido. “Antigamente, a gente como palhaço podia levar as crianças até o palco, tirar fotos e brincar, interagir. Ver a felicidades delas ao poder chegar perto. Hoje é mais difícil por causa da pandemia. Para nós, palhaços é complicado não ter este contato”, revela.

Mas Daniel acredita em Deus, “e assim que pudermos voltar como antigamente a alegria será maior, pois tudo na vida tem uma esperança e uma luz no fim do túnel. Pode ter certeza que o circo jamais morrerá, pois o circo é uma eterna criança, é uma eterna lembrança desde os mastros as bandeiras coloridas. Sempre vamos respeitar a tradição do circo”, destaca.

Palhaço Cuequinha. Foto: Divulgação

ESPETÁCULO

Estas são as últimas semanas que o Circo Metropolitano permanecerá em Santa Cruz do Sul. Quem ainda não conferiu o espetáculo, não pode perder tempo. Os artistas ficam em solo santa-cruzense até o dia 6 de novembro.

As apresentações dos espetáculos ocorrem de quarta-feira a domingo, às 20h30. Para assistir ao circo, os interessados compram um ingresso no valor de R$ 50 e assiste de dentro do carro, no estacionamento do Shopping Santa Cruz. No carro, pode haver até quatro pessoas. Também é solicitado que leve um quilo de alimento não perecível para ajudar as entidades carentes de outros circos que estão sofrendo com a pandemia. As reservas podem ser feitas pelo telefone (51) 98902-8177 (Whatsapp).