
Falar sobre saúde mental é extremamente importante. O Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio é comemorado anualmente no dia 10 de setembro. Essa data reforça a importância do cuidado com a saúde mental, trata-se de uma campanha de conscientização sobre o suicídio, com o objetivo de alertar a população a respeito desta realidade no Brasil e no mundo e suas diferentes formas de prevenção.
Para a psicóloga Taismara Scherer, o diálogo é o primeiro passo, trazer o assunto à tona e fazer com que as pessoas saibam que não estão sozinhas. “As estatísticas mostram que a conscientização é essencial para reduzir os índices de suicídio, embora este continue sendo tabu e principal responsável pelo aumento de suas vítimas. Infelizmente, o assunto ainda é pouco falado por diversas famílias”, observa.
Existem situações onde o indivíduo demonstra evidente intenção de morrer, já em outras ocorrências, a vontade apresenta-se de forma menos intensa onde a pessoa está apenas pedindo por socorro. Às vezes, o estado de confusão mental faz com que o indivíduo não saiba ao certo se quer morrer ou viver, o que ele busca é um modo de livrar-se da dor.
Cabe ressaltar, que o suicídio é um pensamento humano. “Na vivência clínica, conduzi pacientes que já pensaram em cometê-lo em algum determinado momento. Talvez não desejassem se matar, mas já cogitaram morrer como forma de escapar de algum sofrimento.”
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ansiedade e depressão aparecem como os dois tipos de transtorno mais comuns tanto entre homens como entre mulheres. Os números apresentados revelam que a prevalência de transtornos de saúde mental varia de acordo com o gênero e que mulheres são mais impactadas, a maioria delas não recebe os cuidados adequados, sendo que, mais de um bilhão de pessoas sofrem desses transtornos. Já os suicídios representam uma morte em cada 100 no mundo, informou a OMS. Em um dado recente, constatou-se que, o sexo masculino atingiu uma maior proporção da mortalidade.
Contudo, existem casos onde não é possível identificar uma pessoa com ideação suicida, isso porque nem todas dão sinais e, é justamente por isso que as pessoas devem estar atentas a mudanças bruscas de comportamento, angústia, desesperança, quaisquer tipos de isolamento social, apatia e sinais de desamparo. “Não devemos subestimar as pessoas, mas ajudá-las, dando o suporte necessário, buscando por ajuda profissional de forma imediata”, ressalta Taismara.















