Início Geral SindiTabaco 78 anos | Ações ambientais geram resultados eficazes

SindiTabaco 78 anos | Ações ambientais geram resultados eficazes

Plantio de eucaliptos foi a estratégia adotada pelo setor para a redução da pressão sobre áreas nativas

Meio ambiente e produção de tabaco andam lado a lado nas propriedades rurais

O agronegócio mostra que é possível ser sustentável enquanto gera riquezas e mantém-se como provedor de 23% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Diversos exemplos de cuidado com o meio ambiente são do setor do tabaco, que tem resultados animadores em relação às iniciativas em favor do resgate do ecossistema. No total, há 60 projetos implementados pelas empresas associadas ao Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), especialmente voltadas a questões florestais, água e solo.

As 133 mil propriedades produtoras de tabaco alcançam bons índices de cobertura florestal na Região Sul do país. Segundo pesquisa realizada pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Cepa/Ufrgs) em 2023, a média de cobertura florestal das propriedades produtoras de tabaco no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná é de 31,1%.

Entre as estratégias adotadas pelo setor para a preservação da mata nativa está o cultivo de exóticas, especialmente os eucaliptos, utilizados para suprir a demanda por lenha e madeira nas propriedades rurais. A engenheira agrônoma e assessora técnica do SindiTabaco, Fernanda Viana Bender, explica que essa prática contribui para a preservação da vegetação nativa. A pesquisa CepaA/Ufrgs revela também que, da média de florestas nas propriedades produtoras de tabaco, 19,8% são de mata nativa e 11,3% correspondem a florestas energéticas cultivadas pelos produtores.

O incentivo à produção de eucaliptos teve início na década de 1970, com o fomento para que cada produtor cultivasse a própria lenha para a cura do tabaco. “Com o passar dos anos, a prática se consolidou e trouxe ganhos ambientais e econômicos”, conta o presidente do SindiTabaco, Valmor Thesing. “A madeira excedente destas florestas energéticas se tornou uma alternativa de renda extra para muitos produtores”, acrescenta.

Além do tradicional incentivo ao plantio de eucaliptos, nos últimos anos, o setor vem investindo no projeto Ações pela Sustentabilidade Florestal na Cultura do Tabaco, realizado pelo SindiTabaco em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A iniciativa, conduzida pelo professor doutor Jorge Antônio de Farias, busca aprimorar o manejo de espécies de rápido crescimento a fim de garantir a qualidade da madeira e a sustentabilidade do cultivo. Segundo ele, é possível unir viabilidade econômica com responsabilidade ambiental e social.