Não foi por acaso que os professores municipais de Santa Cruz do Sul escolheram a data de 13 de maio para fundarem o seu sindicato. Corria o ano de 1989. Era sábado e comemorava-se o 101º aniversário da abolição da escravatura no Brasil.
Reunidos na cabana da antiga Fisc, 52 professores optaram pela transformação da Associação dos Professores Municipais (Aprom), criada dois anos antes, em sindicato. Assim, deram origem ao Sindicato dos Professores do Município de Santa Cruz do Sul – Sinprom. Na mesma assembleia aprovaram o estatuto da entidade e,em 10 de agosto daquele ano, foi eleita a primeira diretoria.
Ao completar 24 anos, a diretoria do Sinprom comemora junto com a categoria, além do aniversário da entidade, a conquista de uma das principais reivindicações da atual gestão: a implantação do Piso Nacional do Magistério.
Apesar das dúvidas sobre a lei municipal que reajustou os salários em 17%, equiparando o básico dos professores municipais com o Piso Nacional, o sindicato espera, por parte do governo, a confirmação do reajuste automático em janeiro, conforme estabelece a Lei do Piso Nacional.
O sindicato ainda vive a expectativa da confirmação, para a próxima semana, de um encontro com os representantes do governo para discutir diversas questões de interesse da categoria. Além do reajuste automático do Piso, o Sinprom defende os mesmos índices de reajuste para todos os profissionais do Magistério.
A Lei do Piso também prevê um terço de horas/atividade para os professores sem a presença de alunos, questão que o sindicato também quer discutir. Existe, hoje, uma grande falta de profissionais nas Emeis e Emefs. No entanto, o sindicato entende que as nomeações a serem feitas deverão permitir que, num futuro próximo, todos os professores sejam contemplados com este direito.
A falta de recursos humanos para o exercício do Magistério, prevista por alguns especialistas para 2018, também preocupa o sindicato, pois a mesma já se faz estar sentir em inúmeros lugares. A solução para evitar o caos, previsto a ser gerado pela falta de professores, passa, necessariamente, pela devida valorização e justa remuneração desses profissionais.
O Sinprom conta hoje com cerca de 250 profissionais filiados à entidade, que podem contar com diversos benefícios concedidos através de convênios que o sindicato mantém com entidades particulares e profissionais liberais. Entre os convênios destacam-se o plano odontológico e diversos descontos com profissionais especializados e estabelecimentos comerciais de diversos ramos.














