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Tecnologia na escola é para avançar

É bastante interessante o momento educacional que atravessamos. Isto, não fazendo referência somente às modificações das leis que regem o ensino nacional através da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), ou, à adequação das escolas ao ensino politécnico, mas, principalmente, à postura dos docentes em relação ao uso dos recursos tecnológicos que dão suporte ao processo ensino-aprendizagem.
É claro que estamos considerando um professor formado em épocas menos digitais onde se entregava trabalhos manuscritos ou digitados na máquina de escrever, mesmo porque, aquele que se forma hoje, já está introduzido na cibercultura em decorrência de universidades e empresas que utilizam cada vez mais tecnologia no ensino e nos seus processos. Se bem que, mesmo os docentes formados recentemente mostram-se um tanto “fechados” a utilizar um bom software educacional, a Internet ou qualquer outro recurso midiático no desenvolvimento das competências e habilidades nos alunos.
O caso é que, fica claramente perceptível a grande resistência às novas tecnologias pelo receio da multidisciplinaridade que está invadindo a sala de aula dominar o ambiente: computadores, projetores e tablets dividindo espaço com o quadro-negro, projetos de aprendizagem que envolvem a informática, entre outros. E, sim, isto é uma crítica! Não uma crítica de um jovem licenciando em computação que encontra olhares aversivos às novas tecnologias, mas, uma crítica de um futuro professor que observa a visível acomodação profissional de outros professores mais tradicionais.
Não é o caso dos computadores substituírem a figura física do professor. Isso é absurdamente ficcional! Imaginem as novas tecnologias como geradoras de infinitas possibilidades para transmitir o conteúdo tradicional, porém, de uma forma inovadora. A consequência disso é um aluno atraído ao invés de entediado, como normalmente acontece nesta educação notadamente “bancária”, que faz com que o mesmo seja um depositório de informações que não se transformam em conhecimento algum.
Precisamos permitir-nos à descoberta do que nos é novo, sair da zona de conforto, sermos interdisciplinares e inovadores em todas as ações na escola. Não por nós, mas, por nossos alunos que estão carentes de exemplos de criatividade e inovação, e merecem este esforço. Mais do que isso, é importante realizarmos uma auto avaliação de nossa atuação como formadores e como referência que somos daqueles que representam o futuro e carregarão nossas marcas e características consigo. Professor, use e abuse dos recursos de que dispõe. Reinvente-se a cada aula. A tecnologia não veio para intimidá-lo na sua própria sala de aula, e sim, para fortalecer sua experiência e facilitar a transmissão do seu conhecimento.

* Aluno em Licenciatura em Computação da Universidade de Santa Cruz do Sul