Início Geral Turno reduzido nas escolas estaduais até dia 18

Turno reduzido nas escolas estaduais até dia 18

Jéssica Ferreira
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Jéssica Ferreira

Professores de ensino estadual estiveram em paralisação em frente à 6ª CRE na segunda-feira

A mobilização, que atingiu escolas de todas as cidades da região e demais pelo estado gaúcho, levou os profissionais do ensino estadual de Santa Cruz do Sul à sede da 6ª Coordenadoria Regional de Educação (6ªCRE) no início da tarde desta última segunda-feira. Bandeiras, apitos e gestos de protestos, os professores ligados ao Cpers/Sindicato cobraram uma palavra do coordenador responsável da 6ª CRE, Luiz Ricardo Pinho de Moura. 
Moura, por sua vez, atendeu ao pedido dos professores e ressaltou respeitar o Cpers/Sindicato, se dizendo feliz pelos professores estarem lutando por “nossos direitos”. O coordenador disse acreditar que cada instituição tem o direito de decidir como protestar e que cabe às próprias direções orientarem os pais e alunos de como irão proceder nos próximos dias. 
“Esta situação não prejudica somente os servidores públicos, mas toda a população. Esta crise econômica não é de hoje, mas até agora não foi apresentada nenhuma solução para geri-la, sem prejudicar os serviços e a população. Por isso, acredito que esta assembleia com certeza será a maior no Estado e ficará na história”, declarou Renato Muller, diretor do 18º Núcleo do Cpers/Sindicato. Segundo ele, das 19 escolas estaduais de Santa Cruz do Sul, 13 aderiram à paralisação. A adesão nas outras cidades da região também teria sido grande, cujo 90% das instituições de ensino estadual ficaram paradas.
As aulas foram retomadas no período de ontem, porém, em horários reduzidos. Segundo o Cpers/Sindicato, a orientação é que os períodos sejam reduzidos até o dia 18, quando ocorrerá uma assembleia geral em Porto Alegre para tratar do assunto. Os períodos reduzidos têm o objetivo de conscientizar a comunidade escolar quanto ao descaso do governo com os educadores e a educação pública gaúcha.  Durante o horário livre, os professores devem se reunir para debater a situação e sempre que possível passar aos alunos o que está acontecendo e os motivos dessas alterações na rotina escolar. 
“(Na assembleia geral) Serão 40 entidades reunidas e provavelmente centenas de milhares de pessoas. Acredito que será histórico e, se não houver algum avanço, entramos em greve geral”, afirmou Muller. Nesta quarta-feira, já pela manhã os professores de ensino estadual se reunirão por volta das 10h em ato público novamente na 6ª CRE, e no período da tarde, às 15h os professores estão convidados a participarem de outro ato público na Praça da Matriz em Santa Maria.