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Um super-herói sem capa

Figura paterna é sinônimo de educação, cuidado, proteção, amor, carinho e afeto para a família

Pablo com a filha Laura, de cinco anos (Foto: Arquivo Pessoal)

Luciana Mandler
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No dicionário, pai é aquele que tem um ou mais filhos, genitor, homem que cria e educa, protetor, benfeitor. Mas, mais do que isso, pai é aquele que dá amor, carinho e afeto. É aquele que participa de cada momento da vida desde o nascimento. Aos olhos dos filhos, é aquele chamado de super-herói.

Comemorado anualmente no segundo domingo de agosto, o Dia dos Pais é muito especial. A data surgiu nos Estados Unidos, em 1909, quando Sonora Louise Smart Dood, filha de um ex-combatente da Guerra Civil Americana, resolveu homenagear seu pai com o intuito de fortalecer os laços familiares. O desejo dela surgiu ao ouvir um sermão dedicado às mães e quis agradecer ao pai pela dedicação aos filhos após ter perdido sua esposa no nascimento do sexto deles. Ele teria os criado sozinho e era visto por Sonora como um herói.

Para celebrar o dia voltado para essa figura tão importante, o Riovale Jornal entrevistou alguns pais, que, além do compromisso de cuidar, proteger e educar, são sinônimos de amor e afeto aos seus filhos. Confira a seguir.

“Minha filha é a peça que faltava no meu quebra-cabeça”

Há cinco anos, o agricultor Pablo Dummer, de 28 anos, vive os prazeres e desafios da paternidade com a chegada da filha Laura de Carvalho Dummer. Para ele, ser pai não é uma tarefa fácil, ainda mais sem planejamento. “Mas, com certeza, isso me completa”, garante, com alegria e entusiasmo.

“Eu poderia usar muitas palavras para tentar definir o que é ser pai, mas só quem é entende. Uma experiência absurdamente única e incrível”, observa. “Minha filha é a peça que faltava no meu quebra-cabeça, na minha vida. Resumidamente, ela é isso, meu complemento.”

Orgulhoso da filha, o pai coruja conta que já amava a pequena Laura desde o começo da gestação, porém, no momento do nascimento, surgiu um sentimento surreal. “A perna bambeou, eu sorria, chorava, pulava e ficava estático, tudo ao mesmo tempo, sem saber que viriam outras dezenas de sentimentos ao longo dos anos”, descreve.

Pablo diz que, desde os primeiros dias, procurou fazer o melhor e cumprir com suas obrigações de pai. “Trocava fraldas, dava banho, alimentava e outras mil coisas”, recorda, aos risos. “Eu e a Laura passávamos muito tempo juntos, principalmente à noite, quando a mãe dela estava na faculdade. E isso é algo que me satisfaz e alegra muito, saber que eu cumpri com meu papel”, sublinha.

Assim como na maternidade, no universo dos papais nem tudo são flores. Pablo viveu um momento difícil com Laura. “Há pouco mais de um ano, passamos por uma pequena ‘batalha’ quando descobrimos um tumor nela. Tivemos dias difíceis, o choque da doença, rotina hospitalar, entre outras adversidades”, lembra. “Mas, apesar de todos os embaraços, a Laura foi forte e hoje está bem”, comemora.

Depois do susto, Pablo, ao pensar sobre o significado do que é ser pai, define com a palavra felicidade. “Porque é isso que eu sinto todas as vezes que olho para a minha filha”, declara.