Início Geral Uso de simuladores de trânsito continua no RS

Uso de simuladores de trânsito continua no RS

Luana Ciecelski

Mais de 234 mil aulas foram ministradas em simuladores, em todo o Estado, desde a implantação do recurso

Luana Ciecelski
[email protected]

O uso de simulador de direção em autoescolas não será obrigatório como previa projeto em tramitação no Congresso há quase dois anos. A proposta que estabelecia a obrigatoriedade em todo o país para quem fosse tirar a carteira de motorista (PL 4.449/12) foi rejeitada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara na última segunda, 9 de junho. No entanto, os Estados receberam autonomia para decidir se continuariam ou não, e o Departamento Estadual de Transito (Detran/RS) declarou que por aqui será mantido o uso dos equipamentos.
De acordo com o órgão, no RS, foram ministradas, desde a implantação desse recurso pedagógico em primeiro de janeiro, mais de 234 mil aulas em simuladores de direção veicular, em 267 dos 272 Centros de Formação de Condutores (CFCs).  No total, foram instalados 335 equipamentos, em um esforço unificado entre CFCs,  Procergs, empresas fornecedoras de equipamentos e instituições de ensino superior, que garantiram a formação dos instrutores.
“Assim sendo, permanece inalterado o processo de habilitação de condutores em categoria “B” e adição de categoria de habilitação no Rio Grande do Sul, uma vez que o Estado fez a opção desde a primeira hora pela adoção desse recurso pedagógico”, dizia a nota enviada aos CFCs.

Em Santa Cruz

Para os Centros de Formação de Santa Cruz, essa foi uma ótima decisão, pois além do alto valor investido – entre R$38 e R$42 mil – o equipamento tem suas vantagens.  “Nós, desde o começo, fomos a favor, tanto da implantação quando da continuidade. O tempo de uso do equipamento ainda é muito pequeno, mas nosso último levantamento mostrou que tivemos cerca de 6% de aumento nas aprovações”, afirmou Thartieri Assmann, diretora de ensino do CFC Intelligence.
O mesmo pensa Celso Esperdião, diretor do CFC Celso. “Sempre achamos que viria para contribuir e que traria melhorias”. Além disso, Celso acredita que essa é uma decisão provisória tendo em vista que muitos Estados ainda não podem fornecer as aulas, mas que em breve o assunto deve voltar a discussão e também a ser obrigatório.
Com a decisão, a estrutura curricular mínima contará com 45 horas/aula teóricas; 20 horas/aula em práticas em veículo e cinco horas-aula em simulador de direção veicular para serviço de primeira habilitação ou reinício de processo, totalizando 25 horas-aula; 15 horas-aula práticas em veículo e cinco horas-aula em simulador de direção veicular para serviço de adição de categoria, totalizando 20 horas-aula. Do total de aulas noturnas (5 no processo de primeira habilitação e 4 no processo de adição de categoria), duas horas-aula obrigatoriamente deverão ser realizadas em veículo, sendo que as demais noturnas poderão ser realizadas no simulador de direção veicular.