Odilon S. Blank*
Continuando a estudar o “O Livro dos Espíritos”, vemos que muitos guardam recordações de suas vidas anteriores conforme seu grau de evolução espiritual. À medida que o corpo se torna menos material, melhor o homem recorda seu passado.
Por nossos pendores instintivos podemos constatar nossas fraquezas e virtudes já adquiridas em vidas anteriores, pois o presente é reflexo do passado, assim como o futuro será resultado de nossa luta presente. Os espíritos podem progredir, por seus esforços ou estacionar, mas nunca retroceder.
Pelo tipo de sofrimento atual podemos deduzir que tipo de faltas cometemos em vidas anteriores, pois cada um é punido naquilo por onde errou, embora isto não é regra absoluta.
Após o desencarne e após recuperar-se no plano espiritual, em geral o próprio Espírito escolhe as provas que julga necessárias para seu adiantamento; estas provas estão sempre em relação com as faltas que deve expiar. Se triunfar, eleva-se; se falhar deverá recomeçar; tal é a Lei.
Durante o sono afrouxam-se os laços que prendem o Espírito ao corpo (perispírito) podendo pôr-se em comunicação com os demais Espíritos. Ao adormecer, o homem fica por algum tempo no estado em que fica logo após a morte. Os Espíritos elevados encontram-se com outros superiores em obras no plano espiritual. Os mais atrasados moralmente procuram lugares ainda mais baixos para satisfazer paixões mesquinhas. Muitas vezes não nos lembramos dos sonhos porque a matéria que compõe o corpo material é grosseira e não conserva as impressões que recebemos por meio dos órgãos materiais. Podemos também sonhar com o que tememos acontecer ou com o que muito desejamos; neste caso o sonho será efeito da imaginação.
(continua)
