Início Geral Vigilantes com muitos motivos para celebrar

Vigilantes com muitos motivos para celebrar

Alyne Motta
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No dia 20 de junho de 1983, foi promulgada a Lei nº 7.102, que dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros, estabelece normas para constituição e funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores, e dá outras providências.
Com base nelas, os vigilantes passaram a ser amparados pela Constituição Federal. Mas a luta não parou por ai e, ano após ano, a categoria vem lutando por qualidades de trabalhos mais dignas. A última foi a conquista da periculosidade, incluída em dissídio coletivo no Rio Grande do Sul.

Lucas Tannuri

Vigias atuam em diversas áreas, zelando pela segurança pessoal e coletiva

De acordo com Paulo Lara, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Santa Cruz do Sul, a batalha foi árdua para conquista do direito. “Por muitos anos lutamos por este objetivo. Hoje, no estado, já conquistamos, mas sabemos que muito ainda precisa ser feito”, explicou sobre a inclusão da periculosidade no acordo.
Paulo ainda explica que o valor causa um ganho para a categoria de 16 a 20% de reajuste no salário do trabalhador. Segundo ele, as lutas não param por ai. “Esta foi a batalha mais importante nos últimos anos, mas não é a única. Estamos lutando para fortalecer, cada vez mais, a nossa categoria”, revela.
Defensores de funcionários oriundos de empresas legalizadas, o Sindicato dos Vigilantes aposta, cada dia mais, na repressão às empresas clandestinas, que colocam em risco a vida dos colaboradores e da população. “Vários requisitos são necessários para se atuar com segurança”, comenta Paulo Lara.
Visando contribuir para o exercício da profissão com qualidade, o presidente coloca o Sindicato à disposição da população para informar sobre empresas devidamente registradas, da mesma forma que a Polícia Federal também está autorizada a dar informações.

Arquivo Pessoal

Paulo Lara: União da categoria para avançar na idealização dos objetivos

“As pessoas não podem pagar por segurança sem possuir”, declara Lara. “A profissão de vigilante surgiu para deixar a população mais tranquila, e não colocá-la em risco. Empresas legalizadas fortalecem a categoria, já as clandestinas só trazem perigo”, acrescentou.

COMEMORAÇÕES
De acordo com o presidente do Sindicato dos Vigilantes, o dia 20 de junho serve para lembranças de conquistas anteriores. Paulo explica que não será realizada nenhuma atividade alusiva à data, mas parabeniza todos aqueles que fazem parte da categoria e compõem o sindicato.

Divulgação/RJ

Profissionais conquistaram periculosidade, já incluído no dissídio coletivo

HISTÓRIA
A segurança privada nasceu em 1820 nos Estados Unidos, quando Allan Pinkerton organizou um grupo de homens para dar proteção ao então presidente Abrahan Lincoln. Desse modo criou a primeira empresa de segurança privada do mundo, a Pinkerton’s.
No Brasil, as empresas surgiram nos anos 60, devido ao aumento de assaltos a instituições financeiras, com o objetivo de proteger patrimônios e pessoas e realizar transporte de valores. Desde então surgiram os trabalhadores em segurança privada, atuam em estabelecimentos industriais, comerciais ou residenciais.
Há várias denominações para a profissão: vigias, guardiões, rondantes, fiscais de pátio, fiscais de piso e similares. Conhecida genericamente como vigilante, a categoria só ganhou qualificação profissional a partir de junho de 1983, quando a segurança privada foi regulamentada através da lei 7.102.