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Viúva Negra: 35 anos de história e música boa

A banda comemorou aniversário com show no último sábado, 26

Sara Rohde
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A Banda Viúva Negra comemorou no último sábado, 26, mais de três décadas de história. São 35 anos mandando muito rock’n roll e animando a galera de Santa Cruz do Sul, da região e do Estado. A banda formada por Guinther Bender no vocal e guitarra, Drurys Pedroso no baixo, Killy Freitas vocal e guitarra e Floripio Oliveira na batera, fez um show de aniversário na Legend Music Bar e lotou a casa. 
Para os músicos da banda o mais importante em comemorar o aniversário é poder estar fazendo o que gostam. Ainda mais que tudo começou como um hobby, em meados de 84, época em que o Guinther e o Floripio começaram a tocar em eventos como dupla e seguiram como banda até que começaram a ganhar dinheiro por isso. Conforme Guinther, na época ele trabalhava no banco Itaú, mas saiu do emprego porque a banda estava compensando. “O mais importante disso tudo não é só a grana, se manter na estrada e conseguir tocar, fazer o que a gente gosta e receber por isso, muitas vezes bem pago, o mais importante mesmo é manter a banda”, disse.
E os músicos sempre falaram, desde o início da banda, da solidificação da Viúva Negra, já que muitas bandas não conseguem se manter pela dificuldade, por não ter lugares para tocar. Então a banda foi crescendo com a evolução de Santa Cruz, pois quando começaram havia somente as festas dos clubes para tocar, aí surgiram as boates, a B-52, além dos bares. E a caminhada da Viúva começou mesmo quando abriram o Mosteiro do Irton Marx, depois no Posto Tapuia, fora os eventos particulares. E assim a trajetória foi seguindo.
“Se manter no interior é bem complicado, pela falta de oportunidades, pois há mais espaço para acústico e violão, mas para banda mesmo é mais difícil. Então damos graças a Deus que a gente tem um nome consolidado e não precisamos de empresário para vender a banda, pois o nosso próprio trabalho se vende”, explicou Guinther. Dos lugares que mais tocam em Santa Cruz tem a Legend, mas em outras cidades tem outras casas noturnas que trabalham com o rock’n roll, contou.
E comemorar mais de três décadas é um privilégio disse o vocalista. “É muito importante para a gente poder tocar e ter uma parte da própria renda através da música. Ter uma recompensa pelo trabalho sem pensar em ficar famoso, só em ter o prazer de tocar e ganhar bem, complementar a renda com esta profissão. Para nós é um privilégio completar 35 anos e manter essa parceria, eu e o Floripio já desde o início da banda. E a gente se dá bem com todos os músicos da cidade. Vemos as bandas iniciando e encerrando e a gente continua tocando sem parar, sempre e sempre”.
Para Guinther o segredo em ter vida longa na música é se reinventar. “Estamos sempre reciclando e reinventando para se manter e poder estar tocando nos eventos por aí. A banda é muito versátil e esta versatilidade que faz com que a gente continue. E isso a gente quer destacar em nossos 35 anos, ao invés de falar do passado, vamos falar do presente, de como a gente faz para se manter na cidade”.
É assim nos eventos, destacou Guinther, a banda mistura os estilos para agradar a todos, mas claro, sem perder a essência do rock. Atualmente a Banda Viúva Negra tem uma agenda com mais de 100 shows por ano. E o segredo do sucesso é a reinvenção sem perder a união e a amizade. 
E a agenda não termina por aí, na próxima sexta-feira, dia 1º, tem show de Halloween na HBier. Após, dia 3, no 10° Encontro de Veículos Antigos em Arroio do Tigre e na sequência, dia 9, na festa anos 80′ Good Times na Level. Ainda neste mês, dia 16 e dia 23 tem festa particular e para encerrar novembro, show em Cachoeira do Sul no dia 30.