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7° BIB recebe novos soldados

Everson Boeck
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Uma solenidade de formatura de incorporação promovida pelo 7° Batalhão de Infantaria Blindado (BIB), Regimento Gomes Carneiro, na manhã de quinta-feira, 6 de março, recebeu os 283 recrutas que formarão o contingente de 2014. A cerimônia, realizada no Pátio Duque de Caxias reuniu autoridades civis e militares, convidados e familiares. Os novos soldados são oriundos dos municípios de Santa Cruz do Sul, Vera Cruz, Sinimbu, Venâncio Aires, Vale do Sol e Herveiras.
No início do evento o público assistiu à entrada dos novos recrutas – ainda vestidos de civis – pelo portão das armas, acompanhados pela banda do exército. Meia hora depois, já no pátio, os soldados ingressaram em marcha e fardados para a formatura.O comandante do 7º BIB, tenente coronel Roberto Glicério Cabral Junior, ao dar as boas-vindas aos novos soldados lembrou a importância dos recrutas para as forças armadas.
“Esses cidadãos que ingressaram no Batalhão passaram por um rigoroso processo de seleção e apenas os mais aptos a atender às nossas necessidades foram escolhidos. Tenham orgulho de estar aqui e poder servir a uma das instituições mais importantes deste País”, ressalta.
Glicério também explica o processo de formação pelos quais os soldados vão passar durante os quase 10 meses em que estarão servindo. Na primeira etapa, chamada de Instrução Individual Básica, durante oito semanas o civil é transformado em militar, isto é, ele aprende as técnicas básicas do combatente individual. A segunda etapa, com duração de seis semanas, é a Instrução Individual de Qualificação.
Na terceira e última etapa, realizada no segundo semestre, os recrutas passam pelos Treinamentos dentro das formações para as quais se qualificaram anteriormente. Os novos soldados são divididos entre as quatro Companhias de Fuzileiros Blindadas e Companhia de Comando e Apoio. Segundo Glicério, as primeiras tarefas dos jovens serão prática de tiro com fuzil, primeiros socorros, exercícios em campanha, treinamento físico militar e noções de civismo.
Para o tenente coronel, a formação é válida tanto para o jovem quanto para a sociedade. “Durante estes 10 meses os soldados vão receber uma carga de ensinamentos e valores que são cultuados em nossa instituição, além disso, quando saírem receberão um certificado de reservista de primeira categoria por terem prestado serviço em uma unidade de primeira linha. A sociedade, por sua vez, ganhará cidadãos com valores nobres com uma formação de alta qualidade”, observa.

Fotos Rolf Steinhaus

7° BIB recebeu os 283 recrutas para prestarem serviço militar durante este ano

Carreira militar

Os jovens, ao final da terceira etapa do processo de formação, também têm a possibilidade de iniciar carreira militar. “O Batalhão é composto por efetivo variável – que são os jovens que estão ingressando hoje – e por efetivo profissional. Portanto, todo o ano nós temos o processo renovação porque há os profissionais que estão encerrando seu tempo de serviço militar e abrem vagas para novos”, explica Glicério.

Copa do Mundo e Haiti

Questionado sobre a participação dos jovens na Copa do Mundo e operações no Haiti o tenente coronel frisa que os recrutas não podem participar deste tipo de operação. “O soldado do efetivo variável tem que concluir as três etapas do processo de formação militar, compreendidas nos 10 meses de serviço. O máximo que pode acontecer é alguns serem convocados para funções administrativas na Copa, mas não operacionalmente em nenhum dos casos”, esclarece. Glicério adianta que após a Copa, o Batalhão estarápreparando um contingente de aproximadamente 150 militares para, em janeiro de 2015, ser enviado ao Haiti.

Incentivo e apreensão

É comum muitas famílias, principalmente as mães, ficarem apreensivas e com receio de que os filhos sejam “maltratados” durante o período em que estão servindo. Silvia Aparecida Lucas sabe bem o que é isso, pois é a quarta vez que participa do ingresso de um familiar no quartel. Moradora do Bairro Pedreira, desta vez ela foi prestigiar a formatura do sobrinho, Leonardo Bobrowski, de 19 anos. Ela relata que, ao mesmo tempo em que tem este sentimento de preocupação, incentiva o jovem. “A gente fica preocupada, mas sabe que vai ser muito bom pra eles. Temos que motivar!”, comenta.


Ten. Glicério: “Sociedade ganhará cidadãos com valores nobres”