
A Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Tabaco (Fentitabaco) manifestou preocupação diante das incertezas que antecedem a 11ª Conferência das Partes para o Controle do Tabaco (COP 11), marcada para ocorrer da próxima segunda-feira, 17, até sábado, 22, em Genebra, na Suíça. A entidade, acompanhada do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região (Stifa), defende que as decisões discutidas no fórum internacional devem considerar os impactos sobre o emprego e a renda de milhares de famílias brasileiras.
“O Brasil não pode assumir compromissos internacionais que desconsiderem o impacto sobre o emprego e sobre a renda das famílias que vivem da cadeia produtiva do tabaco”, afirmou o presidente da Fentitabaco, Rangel Marcon. Ele destacou que o setor é uma das cadeias mais estruturadas do agronegócio nacional e essencial para centenas de municípios. A delegação de trabalhadores será formada por Marcon e pelo presidente do Stifa, Éder Rodrigues, que representam mais de 44 mil profissionais diretamente ligados à indústria do tabaco.
Rodrigues reforçou que qualquer medida adotada internacionalmente deve levar em conta os efeitos sociais e econômicos nas regiões produtoras, especialmente nos três estados do Sul. “A indústria é inclusiva, ajuda a proporcionar renda e igualdade aos trabalhadores que têm nela o sustento de suas famílias”, pontuou. Ele também destacou o papel histórico das famílias que atuam no setor, com dedicação e compromisso com a legalidade.
A COP 11 reunirá representantes de governos e entidades de diversos países para discutir diretrizes globais sobre produção, comércio e controle do tabaco. Segundo Marcon, a federação seguirá acompanhando as discussões e atuará para que o Brasil adote posições equilibradas. “Decisões globais devem respeitar a complexidade do tabaco no Brasil e valorizar a contribuição dos trabalhadores para a economia nacional”, concluiu.

Fotos: Bruno Pedry/Nascimento MKT















