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Agerst define passagem em R$ 4,45

TCS havia sugerido aumento para R$4,80. Preço atual é de R$4,25

Grasiel Grasel
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Está definido, o preço da passagem deverá subir mais uma vez em Santa Cruz do Sul. A Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Santa Cruz do Sul (Agerst) concluiu suas considerações e encaminhou o relatório final com o novo preço da passagem em R$ 4,45 para homologação pelo prefeito Telmo Kirst. O assunto já havia causado controvérsia na última semana, quando uma audiência pública organizada pela agência contou com manifestações contrárias ao aumento.
Auro Schilling, presidente da Agerst, afirma que as sugestões recebidas na audiência pública foram incluídas no relatório enviado para o Palacinho e que, inclusive,  elas foram apresentadas em reunião realizada nesta semana entre a agência, a prefeitura, a TCS e o Ministério Público que, através do promotor de Defesa Comunitária, Érico Barin, havia informado no dia 23 que atuaria para tentar evitar aumentos.
Ainda segundo Schilling, a Agerst não pôde colocar em prática as sugestões apresentadas na audiência pública devido ao curto prazo que tinha para entregar o relatório para a prefeitura, mas vai atuar ao longo de 2020 para tentar implementá-las. “Algumas ideias que surgiram ali não são possíveis de incrementar no curto prazo, nestes dias que antecedem a data limite”, explica. De acordo com ele, alguns pontos precisam passar por avaliações de um departamento jurídico, outras até mesmo pela Câmara de Vereadores.
Neste ano, a agência será mediadora de um grupo de estudos com o objetivo de encontrar alternativas para diminuir o preço da passagem. A medida é necessária porque, seguindo o modelo atual, a tendência é o crescimento constante de seu preço, pois, quando há um aumento na tarifa, o número de passageiros diminui, e essa redução é utilizada como vetor na elevação do custo da passagem.
De acordo com Schilling, em qualquer momento do ano é possível alterar o preço da passagem, basta que seja convocada uma revisão extraordinária da tarifa. “Se acontecer algum evento ou sugestão que impacta muito no valor da passagem, qualquer uma das partes, tanto consórcio quanto a prefeitura, podem pedir uma revisão extraordinária em qualquer momento no ano”, explica.
Procurado, o MP informou que vai solicitar ao prefeito Telmo Kirst que “leve em conta o que foi decidido em audiência pública e o que foi falado na reunião”.