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Apae: superando os próprios limites

Everson Boeck
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Aos 6 anos de idade Marlon Singer Castro sofreu um acidente de carro. Com o traumatismo craniano que o desastre lhe causou, ele ficou com problemas neurológicos tendo, desde então, dificuldade de aprendizagem.Hoje, com 20 anos de idade, Marlon mora no Bairro Boa Esperança com a mãe, dois irmãos e uma sobrinha. Ele trabalha atualmente como empacotador na matriz do Supermercado Miller, na rua Ramiro Barcelos. Assim como muitos outros alunos da Apae que estão empregados, ele tem acompanhamento psicológico todas as quintas-feiras na instituição.
Marlon conta que, após o acidente, ainda frequentou escola regular algum tempo, mas não conseguia aprender. “Quando eu estava na escola eu incomodava muito no colégio, mas era gente boa”, brinca. “Com 7 anos fui para a Copame (Associação Pró-Amparo do Menor). Depois não pude mais ficar lá e, entre os meus 11 e 12 anos, eu ficava vagando pela rua até que me mandaram para o Abrigo.Uns anos depois é que eu fui para a Apae”, relata.
Após ingressar na Apae, o rapaz começou a participar de diversas oficinas, o que lhe abriu as portas para o mercado de trabalho. A primeira empresa em que Marlon trabalhou foi na Souza Cruz, onde permaneceu por quatro meses. “Saí da Souza Cruz e fui para o Miller onde comecei como empacotador. Estou lá até hoje, faz um ano e meio”, conta.
Bem quisto pelos colegas, Marlon fala dos projetos para o futuro. “Estou muito melhor agora. Me dou bem com todos os colegas, tenho um salário para ajudar em casa e consigo ter uma poupança. Já comprei o material para fazer uma casa para minha família, não vejo a hora de ver ela pronta”, acrescenta o jovem.

Rolf Steinhaus

Marlon trabalha como empacotador no
Supermercado Miller há um ano e meio