Início Destaque Baixa procura pelas doses de reforços contra covid-19 preocupa

Baixa procura pelas doses de reforços contra covid-19 preocupa

Secretária estadual Arita Bergmann cobra medidas da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde

Saúde deverá fazer uma mobilização para estimular população a tomar as doses de reforço das vacinas (Crédito: Banco de Imagens/RJ)

Luciana Mandler
[email protected]

A baixa procura pelas doses de reforço da vacina contra covid-19 tem preocupado autoridades, principalmente da saúde. Na primeira quinzena deste mês, o governo do Estado apresentou, durante uma reunião do Gabinete de Crise, um estudo com dados levantados pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) da Secretaria Estadual de Saúde (SES). No público adulto, apenas 37% das pessoas entre 18 e 29 anos e 49% das de 30 a 39 receberam as três doses no Rio Grande do Sul. Nas crianças de 5 a 11 anos, 54% estão desprotegidas, ou seja, sem o esquema vacinal completo.


Essa realidade também preocupa na região do Vale do Rio Pardo. No dia 16 de agosto, a secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann, esteve em Santa Cruz do Sul para o ato inaugural de ampliação da UTI Adulta do Hospital Santa Cruz. Na ocasião, entregou um documento para a coordenadora da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), Mariluci Reis, referente à baixa procura para as doses de reforço contra a covid-19, cobrando medidas para estimular a imunização e assim completar o esquema.


De fato, os índices acionam o alerta. Mariluci revela que 55,5% da população abrangida pela 13ª CRS está com o esquema completo. “É um índice baixo”, aponta. “Preocupa, pois na primeira dose tivemos 300 mil aplicadas; na segunda, foram 279 mil; na terceira, 165 mil; e na quarta está em 42 mil, somando todos os municípios, que totaliza 327 mil pessoas a serem imunizadas.”


Mariluci acredita que uma das causas para a baixa procura é a redução no número de casos. Porém, alerta para os riscos da transmissão. “Nos preocupa, pois as pessoas estão mais suscetíveis a pegar a doença e também transmitir, levar para casa”, sublinha. Ela ainda revela uma informação impactante: “Na faixa etária entre 18 e 39 anos com comorbidades, considerados jovens, daqueles que não fizeram o reforço, 76 pessoas foram a óbito, enquanto que, entre os que fizeram o ciclo completo, os óbitos caíram para 19, em que a fatalidade foi em decorrência das comorbidades”.


Para que a população tenha o esquema vacinal completo, Arita Bergmann solicitou que a 13ª CRS dialogue com as prefeituras, secretários municipais de Saúde e demais envolvidos para que façam ações de estímulo à vacinação. Em Santa Cruz, a secretária Municipal de Saúde, Daniela Dumke, terá reunião com a Comissão Intergestores Regional na próxima terça-feira, 30, para discutir sobre a covid e alguma mobilização que chame o público a tomar as doses de reforço.