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Centro Cultural 25 de Julho: 35 anos de uma bonita história em Santa Cruz do Sul

Entidade comemora a trajetória com live especial para a comunidade, neste sábado, 24

Viviane Dreher
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O casal fundador do Centro Cultural 25 de Julho, Nelson (IM) e Iria Bender,
durante o tradicional desfile da Oktoberfest – Divulgação

Falar na preservação das tradições germânicas em nossa comunidade é lembrar do Centro Cultural 25 de Julho. Criada há 35 anos, na mesma data que dá nome à entidade, a iniciativa hoje é referência para Santa Cruz do Sul e toda a região do Vale do Rio Pardo, no que se refere em manter viva a cultura dos imigrantes alemães. E também é motivo de orgulho.

De acordo com o atual presidente, Luiz Carlos Kaufmann, o Centro Cultural 25 de Julho, assim como a Oktoberfest, é um dos principais esteios da cultura germânica no Município e também no Estado. “Nós ajudamos a levar longe o nome de Santa Cruz do Sul pelo mundo”, celebra Luiz, que há três décadas faz parte da história da associação.

Para o dirigente, todo o sucesso da entidade ao longo dos anos se deve, em grande parte, ao engajamento dos associados. Hoje, o legado de Nelson Bender, fundador da agremiação, continua vivo por meio das 340 famílias que fazem parte do Centro Cultural 25 de Julho. São mais de mil pessoas, entre adultos, jovens e crianças, que participam das atividades culturais e esportivas.

“Temos nos mantido com as mensalidades dos associados, que fazem questão de contribuir, pois somos uma sociedade que veio ao mundo para trabalhar a união e a família. Isso porque o ser humano é social e, enquanto tivermos sócios e eles entenderem que precisamos desse espaço para trocar ideias, vamos continuar acreditando que devemos ter amor um pelo outro e não ódio. O mundo é muito bom”, destaca Kauffmann. E ele faz planos: “Pode ter certeza de que o primeiro baile ou jantar serão totalmente gratuitos!”.

PANDEMIA

O presidente também faz questão de ressaltar que todo esse sentimento de gratidão foi reforçado no último ano. Apesar das dificuldades impostas pela pandemia e das regras de distanciamento social, o 25 de Julho contou com a união de todos para se reinventar e manter a tradição. A exemplo das tradicionais Galinhada e Feijoada, que foram servidas pelo sistema de drive-thru.

“Graças ao trabalho da nossa diretoria nós não paramos, fizemos de tudo para manter a nossa cultura em pé e o contato com os nossos associados. Esperamos que tudo isso passe logo e o nosso objetivo é podermos reunir todas as famílias”, comemora o presidente.

CASA GERMÂNICA

Projeto da Casa Germânica, sede do 25 de Julho – Divulgação

Pensando no futuro e em continuar a fomentar a paixão pela cultura dos antepassados alemães, um dos grandes objetivos do Centro Cultural 25 de Julho é a construção da Casa Germânica.

Idealizada para sediar a entidade dentro do Parque Municipal da Oktoberfest, a iniciativa é uma parceria com o Município, mas encontra dificuldades para obter o aporte financeiro necessário para sair do papel. Mesmo já tendo sido aprovado em esfera nacional, o projeto não recebeu recursos em tempo hábil e voltou à estaca zero.

O presidente explica que o projeto vai além de manter as tradições, usos e costumes dos povos germânicos. Representa uma oportunidade de geração de emprego e renda. Ou seja, uma oportunidade de agregar à cultura fatores econômicos e sociais, promovendo a cidadania.

“Estamos em contato com o empresariado, amigos e associados para garantir que a Casa Germânica se concretize e seguimos na captação de verbas. Mas, temos a certeza de que a nova sede é uma questão de tempo”, sinaliza Luiz Kaufmann.

LIVE DE ANIVERSÁRIO É NESTE SÁBADO

E por falar em se reinventar, na véspera de completar seus 35 anos, o Centro Cultural 25 de Julho realiza uma superlive para comemorar a data. É neste sábado, 24, a partir das 20h, com transmissão ao vivo pela página da entidade no Facebook e pelo canal no YouTube.

O evento será apresentado por Luís Eduardo Kaufmann e Celi Durante, e também quer festejar os 41 anos do Grupo Polka. Também se apresentam o Kronentanzgrupp e o Coral Fröhlicher Sänger, que pertence à sociedade, além de uma mostra dos Jogos Germânicos. A animação ficará por conta da Banda Estrela de Ouro.

Ainda na programação, uma conversa especial com Maria Luiza Rauber Schuster, Eliceu Werner Scherer, Ricardo André Barbian e Betina Bender. “Vamos seguir todos os protocolos sanitários e mostrar um pouco da nossa cultura e do que fazemos em Santa Cruz do Sul”, afirma o presidente Luís Carlos.

Para saber mais sobre a história do Centro Cultural 25 de Julho e a sua importância para Santa Cruz do Sul e para o RS, acesse www.25dejulho.com.br e confira tudo sobre a entidade!

A cultura por meio da dança e do esporte
E um dos trabalhos que tem contribuído para divulgar Santa Cruz do Sul e suas origens aos mais diferentes países está na dança. Trata-se do Grupo Polka, que completa 41 anos e é responsável pela origem da entidade. Um sonho do santa-cruzense Nelson Bender que se tornou realidade e que continua representando a alegria das danças típicas alemãs, de geração em geração.

“Ao longo desses anos, muito nos orgulha ter participado da formação do caráter de muitos jovens que passaram por nós, trabalhando questões como respeito e a valorização à história do nosso povo. Amizades verdadeiras que se formaram e estão espalhadas pelo mundo”, conta o atual presidente.

O Eisstocksport é outro motivo que traz uma imensa honra para a história do 25 de Julho. A sociedade foi a pioneira no Brasil a iniciar a prática do esporte de origem bávara, em 2003. De lá pra cá, a atividade de precisão jogada sobre o gelo, mas com adaptações de concreto ou asfalto para o verão, conquistou muitos adeptos e diversos prêmios. Inclusive, internacionais.

Para se ter uma ideia, a equipe brasileira feminina adulta sagrou-se campeã do grupo B, no Mundial realizado na Alemanha, no ano passado. O grupo é formado por quatro atletas do Centro Cultural 25 de Julho e que se preparam para voar mais alto.

No último dia 20 de julho, o Comitê Olímpico Internacional (COI) aprovou o ingresso do Eisstocksport como uma das seis novas modalidades esportivas que farão parte do programa de esportes de inverno. “O Brasil vai participar dos Jogos Olímpicos devido ao que está se mantendo em Santa Cruz do Sul”, destaca Luiz Kaufmann.


Equipe feminina campeã no Mundial de Eisstocksport, na Alemanha – Divulgação