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Cesta básica: variação menor do que 1% no mês em Santa Cruz

Valor do conjunto de 13 produtos pesquisados pelo Cepe/Unisc teve elevação de R$ 5,52

Foto: Luisa Ziemann
Com elevação de 2,320%, carne bovina foi o item que
mais contribuiu para a alta do custo ao longo de julho

A variação do custo da Cesta Básica Nacional em Santa Cruz do Sul foi de 0,935% no período de 1º de julho a 2 de agosto, passando de R$ 590,22 para R$ 595,74, uma elevação de R$ 5,52, continuando abaixo de R$ 600,00. Dos 13 produtos verificados pelo Centro de Estudos e Pesquisas Econômicas (Cepe) da Unisc, cinco apresentaram redução e oito elevação de preço.


As contribuições para essa elevação da cesta básica santa-cruzense foram a carne bovina (2,320%), o leite tipo C (0,465%) e o tomate (0,442%). As maiores reduções foram verificadas no pão francês (-1,106%), na batata inglesa (-0,750%) e no feijão preto (-0,250%). Em 2022, a cesta apresenta elevação de 9,973% e o acumulados nos últimos 12 meses é de 12,323%.


“Com este custo da Cesta Nacional aqui no município, um trabalhador de Santa Cruz do Sul que recebeu, no início deste mês, um salário mínimo precisa trabalhar 108,139 horas para adquirir o conjunto de 13 produtos, ou uma hora a mais que o necessário no mês de julho”, observa o professor doutor Silvio Cezar Arend. Ele é o coordenador da pesquisa do Cepe e também do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da Unisc, além de editor Revista Redes.
A partir dos gastos com alimentação é possível estimar o salário mínimo necessário para o atendimento das necessidades básicas do trabalhador e de sua família. Seguindo a metodologia utilizada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o valor do ordenado base em Santa Cruz do Sul para julho, pago no início deste mês, deveria ter sido de R$ 4.967,32 para uma família composta por dois adultos e duas crianças.


A Cesta Básica Nacional relaciona um conjunto de alimentos que seriam suficientes para o sustento e bem-estar de um trabalhador adulto ao longo de um mês, tomando como base o Decreto Lei 399, de 30 de abril de 1938, que regulamenta a Lei 185, de 14 de janeiro de 1936, da instituição do salário mínimo no Brasil. O documento estabelece que a remuneração mínima é a devida ao trabalhador adulto, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço, capaz de satisfazer, em determinada época e região do País, às suas necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte.