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Cidadãos voltam a usar praças em Santa Cruz

Alguns santa-cruzenses descumprem o distanciamento social e não fazem uso da máscara mesmo sendo obrigatório

Ricardo Gais
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No último fim de semana, mesmo com temperaturas baixas, teve quem compartilhou o chimarrão com os demais na Praça da Bandeira – Ricardo Gais

Após quase três meses de isolamento social, as praças em Santa Cruz do Sul estão voltando a receber pessoas para tomar chimarrão, conversar com os amigos e até mesmo brincar com o cachorro. No entanto, muitos cidadãos não estão respeitando o distanciamento social, estão compartilhando o chimarrão e não fazem o uso de um item considerado essencial pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no combate à pandemia da Covid-19: a máscara.

A obrigatoriedade do uso da máscara de proteção no município foi decretada em 11 de maio pela Prefeitura, desde então, ela deve ser usada em todos os locais públicos, comércio, transporte urbano, táxis e carros por aplicativo. O uso apenas não é obrigatório dentro da própria residência. O Gabinete de Emergências de Santa Cruz está preocupado com essa situação, já que a região está atualmente com a bandeira laranja, de risco médio por contaminação pela Covid-19, no modelo de Distanciamento Controlado do Governo do Estado.

Conforme Rosemari Hofmeister, integrante do Gabinete de Emergências e presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Santa Cruz, os órgãos públicos e privados são orientados para que intensifiquem as campanhas de conscientização da população para que todos cumpram de forma correta o distanciamento social, além das normas de higiene e uso da máscara.

Questionada sobre a possiblidade para a implantação de uma lei mais rígida em Santa Cruz quanto ao uso da máscara, Hofmeister disse que deve ser pensado pelo poder público como alternativa caso a conscientização não for suficiente. “A implantação de uma lei mais rígida quanto ao uso de máscaras já existe em outros municípios. Ela deve ser pensada pelo poder público como alternativa caso a conscientização não for o suficiente, mas não está em discussão neste momento qualquer orientação neste sentido”.

Sobre o grande número de pessoas circulando pelas ruas e praças e até compartilhando o chimarrão, Hofmeister disse que essa situação incomoda. “A situação preocupa e incomoda toda a população que está atendendo as regras de distanciamento social, e deveria sobremaneira preocupar o setor econômico, pois essa circulação de pessoas poderá impactar na maior propagação do vírus e contaminação simultânea em maior número de pessoas, o que impactará numa classificação de bandeira mais restritiva para a região”.

Além das praças, locais públicos como a pista de skate, playgrounds e equipamentos públicos de ginástica são utilizados pela população, mesmo após os acessos serem vedados. A pista de skate por exemplo, nos últimos dias, tem sido usada por diversos adolescentes, gerando uma aglomeração. A fiscalização até chegou a pedir para que os adolescentes fossem embora, mas após a saída dos fiscais, fitas de isolamento foram arrancadas e o espaço voltou a ser usado.