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Cinemas querem reabertura em julho

Movimento teria adesão nacional e suporte da indústria de distribuição de filmes

Grasiel Grasel
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Salas seguem fechadas desde o primeiro decreto que declarou calamidade pública – Grasiel Grasel

Enquanto setores do lazer e do esporte lutam pelo reinício de suas atividades, os cinemas de Santa Cruz do Sul já traçam uma estratégia de atuação para uma eventual volta ao final do mês de julho. Segundo informações obtidas pelo Riovale Jornal, um evento de proporções nacionais estaria sendo articulado para que a reabertura seja bem-sucedida e seguindo todos os métodos de segurança sanitária possíveis.

O “Festival de Volta Para o Cinema”, como vem sendo chamado internamente o movimento, está sendo organizado por uma empresa paulista de publicidade ligada a grandes redes como Cinemark e Kinoplex, com apoio da Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas (Feneec). O objetivo seria garantir um “aquecimento” do público para grandes lançamentos da indústria cinematográfica que estão previstos para agosto, levando diversos filmes que fizeram sucesso nas últimas décadas de volta para as telonas.

O evento seria uma união entre exibidores, distribuidoras de filmes e sindicatos representativos do setor, visando garantir uma rede de apoio principalmente para os cinemas, que são os principais afetados financeiramente. Algumas distribuidoras, inclusive, estariam disponibilizando catálogos com títulos de grande sucesso sem cobrança de taxas pelo serviço.

De acordo com a administradora dos cinemas de Santa Cruz do Sul, Cristchie F. Bechert, o intuito é iniciar o festival na cidade no dia 30 de julho, com duração de duas semanas, até o dia 12 de agosto. A data, no entanto, pode ser sujeita a mudanças de acordo com a variação dos índices de infecção pela Covid-19. Ao todo, devem ser exibidos seis filmes em cada um dos cinemas santa-cruzenses. A Cinecolor, que fornece os títulos aos cinemas Max e Santa Cruz 3D, deverá fazer parte da parceria e não cobrará por seus serviços.

Salas vazias são o cenário enfrentado pela administradora desde maio – Divulgação

Bechert afirma que, caso a flexibilização não venha no início de julho, apresentará ao Gabinete de Emergências uma série de medidas que pretende seguir na reabertura. A administradora diz estar comprometida a garantir a maior segurança possível aos clientes, ampliando o intervalo entre cada sessão para que o interior das salas de exibição seja devidamente higienizado. Ela salienta que, para entrar no Shopping Germânia, onde um dos cinemas está instalado, já é necessário a verificação de temperatura do cliente.

Dentre as medidas que pretende tomar, estão a de permissão de entrada para no máximo 30% da lotação das salas, distanciamento de 2 metros entre cada poltrona, preferência para venda online de ingressos, exibição de materiais da OMS sobre prevenção antes de cada sessão e exibição apenas de filmes em 2D, para evitar o manuseio de óculos 3D. Na entrada, também será disponibilizado e de uso obrigatório o álcool gel.

O Gabinete de Emergências, responsável pelas tomadas de decisão em relação às restrições impostas pelo poder público, no entanto, já se manifestou em relação a maiores flexibilizações. Depois de uma carreata realizada nesse domingo, 28, que envolveu administradores que pediam a reabertura de quadras esportivas, o Gabinete informou que novas flexibilizações só serão avaliadas quando o município voltar para a bandeira amarela.

ÚNICOS CINEMAS ABERTOS SÃO GAÚCHOS

Em todo o Brasil os cinemas seguem fechados seguindo as restrições impostas pelos decretos estaduais e municipais. No entanto, existem duas únicas salas abertas: uma em Santa Rosa, que até o momento tem 82 casos confirmados de Covid-19 e dois óbitos, e Três Passos, que já registrou 328 casos e dois óbitos. O município três-passense atualmente é o 6º maior no índice de contaminação por 100 mil habitantes do Estado.