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Dia do Dentista: Proteção do paciente à radiação nos serviços de diagnóstico por

A interação da radiação com o tecido humano pode gerar efeitos biológicos manifestando de duas maneiras: o efeito determinístico, causado por altas doses de radiação num curto espaço de tempo, e o efeito estocástico, originado por pequenas doses recebidas ao longo de um grande período.
Estes efeitos podem levar a doenças como a catarata radiogênica, a radiodermite, a esterilidade, entre outras. O corpo humano possui mecanismos capazes de reparação das lesões causadas pela radiação, porém quando eles fracassam, resultam na incapacidade de reprodução da célula, ou na sua modificação definitiva. Em alguns casos pode ocorrer morte celular.
São três os princípios básicos de proteção radiológica: justificação – se permitirá o uso da radiação quando houver benefício para o indivíduo e para a sociedade; limitação de dose – a exposição à radiação deve ser restrita a área de interesse e a dose não deve ser maior do que o padronizado; otimização – a dose no paciente deve ser a menor possível, desde que não interfira na qualidade da imagem.
Cabe, portanto, aos profissionais que atuam nos serviços de radiologia proteger o paciente da radiação desnecessária utilizando os princípios de proteção radiológica e, também, através do uso de vestimentas de proteção radiológica (VPR), como por exemplo, avental de chumbo, protetor de tireoide e gônadas. Essas vestimentas permitem atenuação da dose de radiação recebida pelos indivíduos nas regiões que não se tem objetivo de diagnóstico, pois são fabricadas com material de alto nível atômico (normalmente chumbo) e colocadas entre a fonte de radiação e o paciente, formando uma barreira que bloqueia a passagem de raios-x, não ocorrendo formação de imagem do local protegido.
Importante resaltar que o profissional deve informar ao paciente a necessidade do uso da vestimenta tanto nos exames de tomografia computadorizada quanto de raios X convencional. A diminuição da dose absorvida é fundamental para evitar danos celulares aos pacientes, tornando a utilização de VPRs indispensável.

REFÊRENCIA:
SOARES, Flávio Augusto Penna; PEREIRA, Aline Garcia and  FLOR, Rita de Cássia. Utilização de vestimentas de proteção radiológica para redução de dose absorvida: uma revisão integrativa da literatura. Radiol Bras. 2011, vol.44, n.2, pp. 97-103.

Divulgação/RJ

Cirurgiã-Dentista
CRO-RS 20415