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Entidades estão preocupadas com avanço da pandemia

Amvarp, Cisvale e 13ª Coordenadoria Regional de Saúde pedem que população redobre os cuidados para evitar bandeira vermelha

Tiago Mairo Garcia
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Paulo Butzge, Marluci Reis e Cassio Nunes Soares pedem que população mantenha distanciamento social, uso de máscaras e higienização com álcool gel – Divulgação/Amvarp

Um momento de preocupação e alerta. Este é o sentimento que representantes da Amvarp (Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo) Cisvale (Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo) e 13ª Coordenadoria Regional de Saúde buscaram passar para a população regional em coletiva de imprensa concedida pelo presidente da Amvarp e prefeito de Candelária, Paulo Butzge, do Cisvale e prefeito de Pantano Grande, Cassio Nunes Soares e pela coordenadora da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde, Mariluce Reis, na tarde de ontem, 22, na sede do Cisvale, em Santa Cruz do Sul.

A coletiva ocorreu após o Governo do Estado anunciar no último sábado, 20, a mudança de bandeira da região de Santa Cruz do Sul de amarela (risco baixo) para laranja (risco médio). A partir de hoje, 23, o Vale do Rio Pardo passa a ser classificado como bandeira laranja, o que significa um risco médio de contaminação pelo coronavírus e o agravamento na ocupação hospitalar nos leitos comuns e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em virtude da Covid-19. Os gestores demonstraram a necessidade da região em estar atenta para evitar o agravamento na situação, e uma possível mudança para bandeira vermelha.

A coordenadora da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde, Mariluce Reis, explicou que a mudança ocorreu devido ao aumento de hospitalizações por Covid-19 na região nos últimos sete dias. “Quanto menos tiver aglomerações, menos pessoas terão risco de se contaminar. Só conseguiremos manter o controle com distanciamento social, o uso correto de máscaras e higienização. Pedimos que a população faça a sua parte e tenha o cuidado com a vida”, destacou.

O presidente do Cisvale, Cassio Nunes Soares, pediu que cada cidadão faça a sua parte e tenha os devidos cuidados. Ele salientou que todos os órgãos e entidades da região estão trabalhando de forma sincronizada para manter os números controlados no combate à doença, mas salientou que se houver mudança para bandeira vermelha, a região poderá sofrer graves consequências econômicas, principalmente no setor do tabaco. “A pandemia vai passar, mas a economia vai seguir e precisa se manter. Uma mudança de bandeira laranja para vermelha poderá prejudicar as indústrias de tabaco, refletindo diretamente na economia da região”, salientou

O presidente da Amvarp, Paulo Butzge, destacou a preocupação de todos os gestores com a mudança de bandeira e o possível avanço do vírus pela região. Ele salientou ainda que caso ocorra uma mudança para bandeira vermelha, a região poderá sofrer graves consequências econômicas e pediu que a população faça a sua parte e se mantenha vigilante, destacando que a vida ainda não voltou para a normalidade. “Estamos essencialmente preocupados com a iminência ou a possibilidade de que, havendo algum tipo de agravamento, venhamos a passar para uma bandeira ainda pior. Se por um lado nós temos sim a questão da terrível pandemia, por outro lado temos a consequência, que é o agravamento econômico. Imaginem as consequências terríveis para o comércio, para a população, para cada um de nós. O comprometimento das pessoas é que fará a total diferença”, frisou.

FISCALIZAÇÃO

Questionado sobre possíveis medidas de fiscalização de aglomerações em vias públicas, Butzge afirmou que ainda esta semana a Amvarp irá fazer reuniões virtuais entre os gestores para tratar do assunto. Já o presidente do Cisvale, frisou que os prefeitos são obrigados a seguir a constituição, e a possibilidade de aplicações de multas para quem descumprir as regras é real, seja para o cidadão comum ou para os segmentos do comércio, indústria e serviços. Mariluci Reis aproveitou para ressaltar que a multa pode ser alta para quem descumprir as regras, e que o momento é de compreensão da população. “A verdade é que a doença para uns é muito tranquila, mas para outras pessoas que tenham comorbidades, talvez a ‘multa’ seja a vida”, finalizou.