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Estudo reforça eficácia das máscaras

Opções feitas em casa, no entanto, precisam ter no mínimo duas camadas

Grasiel Grasel
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Vídeo mostra a diferença entre a propagação de gotículas de saliva ao espirrar em cada tipo de máscara – Reprodução/Thorax

Na última quinta-feira, 23, pesquisadores da Austrália divulgaram um novo estudo testando a eficácia de diferentes tipos de máscaras. No vídeo publicado, é possível ver como funciona a propagação de gotículas de saliva propagadas por quem não usa máscara e por quem utiliza uma de pano com uma camada de tecido, com duas camadas ou uma cirúrgica. O documento foi publicado sobre o título “Coberturas faciais e máscara para minimizar a dispersão de gotas e a aerossolização: um estudo de caso em vídeo”.

Publicada pelo período “Thorax”, a análise faz uma comparação sobre como ocorre a emissão dessas partículas enquanto uma pessoa utiliza diferentes tipos de máscaras ou nenhuma proteção. Para tanto, um vídeo foi gravado com uma lente especial que captura em câmera lenta a forma como as gotículas saem da boca.

O estudo conclui que, para garantir maior eficácia, é necessário que as máscaras caseiras, feitas com tecido, sejam compostas por pelo menos duas camadas de pano. Embora a diferença de propagação das partículas seja pequena, os pesquisadores ainda afirmam que as máscaras de uma camada são melhores do que nenhuma.

A única máscara que se provou totalmente eficiente na maioria dos testes, é claro, foi a máscara cirúrgica. No entanto, o estudo mostra que pessoas que não estejam com sintomas, como tosse ou espirros, resguardarão perfeitamente a segurança dos demais utilizando máscaras caseiras de duas camadas, pois quase não há propagação de partículas nelas.

A utilização de máscaras é uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), pois o principal meio de propagação do novo coronavírus são as partículas de saliva emitidas pela boca dos infectados, que são liberadas ao respirar, falar, tossir ou espirrar.

COMO FAZER MINHA MÁSCARA?

De acordo com as recomendações do Ministério da Saúde, as máscaras caseiras devem ser confeccionadas com pelo menos duas camadas de tecido, como o encontrado em camisetas velhas ou cortinas. Ela também precisa cobrir completamente a boca e o nariz, podendo ficar presa com elásticos nas orelhas ou amarradas acima das orelhas e abaixo da nuca.

A máscara deve ser individual, jamais compartilhada. Ou seja, cada membro da família deve ter sua própria máscara para diminuir os riscos de contaminação dentro de casa. Preferencialmente, cada pessoa deve ter pelo menos duas máscaras, pois não é recomendável permanecer por mais de duas horas com a mesma.

Quando necessário sair de casa, é recomendável levar uma máscara reserva. Caso ela fique suja ou contaminada, ela deve ser removida e guardada em uma sacola plástica descartável. Ao chegar em casa, a máscara deve ser lavada com água sanitária e deixada de molho por 10 minutos. Depois, basta deixá-la secar em local arejado.