Início Rural Febre Aftosa: Falta de vacinas preocupa Inspetoria Veterinária

Febre Aftosa: Falta de vacinas preocupa Inspetoria Veterinária

Município tem apenas 34,45% do rebanho vacinado

Tiago Mairo Garcia
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Produtores que ainda não realizaram a vacinação da febre aftosa têm prazo prorrogado até o dia 24 de abril – Fernando Dias/Seapdr

Pode faltar vacinas para a reta final da campanha de vacinação do rebanho bovino contra a Febre Aftosa. Esta é a preocupação da Inspetoria Veterinária de Santa Cruz do Sul, Sinimbu e Herveiras devido às dificuldades que as entidades conveniadas para comercializar o produto estão encontrando para adquirir os lotes. Nesta semana, o Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares de Santa Cruz do Sul, que também atende produtores de Sinimbu, Herveiras e Vale do Sol, adquiriu um novo lote com 150 frascos, número inferior a grande demanda do rebanho que ainda precisa ser imunizado nestes municípios.

Conforme Aline Correa da Silva, veterinária responsável pela Inspetoria Veterinária dos municípios, até o dia 10 de abril, Santa Cruz do Sul contava com 9.488 (34,45%) de bovinos vacinados, de um total de 27.538 cabeças de gado cadastradas no município. Sinimbu possui 2.819 (31,12%) vacinados de um total de 9.059 animais cadastrados e Herveiras conta com 2.072 (74,35%) bovinos vacinados de um total de 2.787 cadastrados. A veterinária destacou que o número de vacinados pode ser maior pois ainda não foram informados os dados de vacinadores que compram as doses e realizam o trabalho de imunização em pequenas propriedades rurais.

Na última segunda, 13, a Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, obteve aval do Governo Federal e prorrogou a campanha de vacinação contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul até o dia 24 de abril. Com o prazo prorrogado e a possibilidade de faltar vacinas, a veterinária responsável pede que os produtores pendentes façam a vacinação. “Pedimos que os produtores não deixem para a última hora. O sindicato está com dificuldades para adquirir lotes e pode faltar vacinas até o prazo final”, frisou Aline.

Em todo o Estado, a expectativa é de que 12,6 milhões de animais sejam imunizados, entre bovinos e bubalinos de todas as idades. Para evitar aglomerações nas inspetorias locais e deter o avanço da pandemia do novo coronavírus no Rio Grande do Sul, os produtores podem enviar os comprovantes de vacinação por e-mail ou WhatsApp. O número de WhatsApp da inspetoria é o mesmo do telefone fixo. O prazo para a apresentação de notas fiscais de compra de vacinas contra a febre aftosa foi prorrogado até 30 de abril.

A campanha de vacinação, que ocorre tradicionalmente em maio, foi antecipada como parte da estratégia do Estado para ser declarado pelo Mapa como livre de aftosa sem vacinação, a fim de obter, num segundo momento, o reconhecimento internacional dessa condição pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Até o momento, no Brasil, apenas os estados de Santa Catarina e Paraná conquistaram o status sanitário de zona livre de aftosa sem vacinação.