Início Saúde Gerido pela Prefeitura, PA continua de portas abertas

Gerido pela Prefeitura, PA continua de portas abertas

Everson Boeck
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Depois que a Associação Pró-Ensino em Santa Cruz (Apesc) anunciou que o Pronto Atendimento (PA) deixaria de existir a partir da meia noite desta terça-feira em função da não renovação do contrato com a Prefeitura, o prefeito Telmo Kirst (PP) decidiu realizar uma intervenção na noite desta segunda-feira para garantir a continuidade do serviço à comunidade. A Prefeitura publicou na tarde de ontem dois decretos, um de Estado de Calamidade Pública na Saúde e outro requerendo a manutenção dos espaços, equipamentos e do pessoal que já conhece a rotina do PA. Hoje o atendimento à comunidade transcorreu normalmente na casa de saúde, que funciona junto ao Hospital Santa Cruz.
A Prefeitura de Santa Cruz do Sul já havia informado no início da manhã desta segunda-feira, através de nota, que assumiria o compromisso para garantir o atendimento da população no PA. O secretário de Saúde, Carlos Behm, é o presidente da comissão gestora provisória que acompanhará o andamento das atividades no PA pelos próximos 180 dias. Segundo ele, a ideia é restabelecer o diálogo com a Apesc neste período e ter um conhecimento mais amplo sobre todo o funcionamento e as despesas do local.
Após tomar conhecimento sobre a intervenção, a Apesc emitiu uma nota onde destacou que em nenhum momento a entidade e o Hospital Santa Cruz (HSC) eximiram-se da responsabilidade de prestar os serviços contratados pelo Município de Santa Cruz do Sul. “(…) c) os Decretos de Requisição de lavra do Prefeito Municipal modificam a atual estrutura e forma de atendimento, pois o Município, a partir da 0h do dia 29, assume os serviços do PA, eximindo a APESC das responsabilidades técnicas, cíveis e penais; d) reafirma seu compromisso com o diálogo, com a democracia, com a transparência e com a sua vocação de inserção comunitária, garantindo, em todas as suas ações, a qualidade dos serviços prestados e a responsabilidade com a comunidade acadêmica; e) lamenta a impropriedade dos Decretos requisitórios do Prefeito Municipal, pois não houve negativa de atendimento e, muito menos, risco de descontinuidade de serviços de saúde à população”, esclarece a nota.

Everson Boeck

Decretos estão expostos no interior do PA à disposição da comunidade