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Hoje é o dia de render homenagens a elas

O Dia Internacional da Mulher foi escolhido em homenagem a 129 operárias que foram trancadas e morreram queimadas numa fábrica de tecidos. As trabalhadoras estavam numa manifestação, pedindo a diminuição da jornada de trabalho para 10 horas por dia e o direito à licença-maternidade. Isso aconteceu em 8 de março de 1857, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Com essa tragédia, vários movimentos e leis surgiram em proteção às mulheres.
Em toda a história da humanidade, deparamos com situações que prejudicam as mulheres, como discriminação, preconceito, violência e esquecimento. Uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que a realidade das mulheres no Brasil. Elas ainda sofrem muita discriminação em alguns setores, como no mercado de trabalho. O estudo mostrou que as brasileiras conquistaram mais empregos, ou seja, conseguiram mais espaço para trabalhar fora de casa, mas continuam ganhando menos do que os homens (www.plenarinho.gov.br).
Outros movimentos também deram origem à comemoração, entre elas as manifestações das mulheres russas por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada da Rússia czarista na Primeira Guerra Mundial. Essas manifestações marcaram o início da Revolução de 1917. Entretanto a ideia de celebrar um dia da mulher já havia surgido desde os primeiros anos do século 20, nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas de mulheres por melhores condições de vida e trabalho, bem como pelo direito de voto. No Ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado no início do século, até a década de 1920. Na antiga União Soviética, durante o stalinismo, tornou-se elemento de propaganda partidária.
Nos países ocidentais, a data foi esquecida por longo tempo e somente recuperada pelo movimento feminista, já na década de 1960. Na atualidade, a celebração perdeu parcialmente o seu sentido original, adquirindo um caráter festivo e comercial. Nessa data, os empregadores, semcertamente pretender evocar o espírito das operárias grevistas do 8 de março de 1917, costumam distribuir rosas vermelhas ou pequenos mimos entre suas empregadas.
Em 1975, foi designado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Ano Internacional da Mulher e, em dezembro de 1977, o Dia Internacional da Mulher foi adotado pelas Nações Unidas, para lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres. (wikipedia)

NO SÉCULO 20

A ideia da existência de um dia internacional da mulher surge na virada do século 20, no contexto da Segunda Revolução Industrial e da Primeira Guerra Mundial, quando ocorre a incorporação da mão-de-obra feminina, em massa, na indústria. As condições de trabalho, frequentemente insalubres e perigosas, eram motivo de frequentes protestos por parte dos trabalhadores. Muitas manifestações ocorreram nos anos seguintes, em várias partes do mundo, destacando-se Nova Iorque, Berlim, Viena (1911) e São Petersburgo (1913).
O primeiro Dia Internacional da Mulher foi celebrado em 28 de fevereiro de 1909 nos Estados Unidos, por iniciativa do Partido Socialista da América , em memória do protesto contra as más condições de trabalho das operárias da indústria do vestuário de Nova York.
Em 1910, ocorreu a primeira conferência internacional de mulheres, em Copenhaga, dirigida pela Internacional Socialista, quando foi aprovada proposta da socialista alemã Clara Zetkin, de instituição de um dia internacional da Mulher, embora nenhuma data tivesse sido especificada.
No ano seguinte, o Dia Internacional da Mulher foi celebrado a 19 de março, por mais de um milhão de pessoas, na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça. Poucos dias depois, a 25 de março de 1911, um incêndio na fábrica da TriangleShirtwaist mataria 146 trabalhadores – a maioria costureiras. O número elevado de mortes foi atribuído às más condições de segurança do edifício. Este foi considerado como o pior incêndio da história de Nova Iorque, até 11 de setembro de 2001.
No Ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado durante as décadas de 1910 e 1920. Posteriormente, a data caiu no esquecimento e só foi recuperada pelo movimento feminista, já na década de 1960, sendo, afinal, adotado pelas Nações Unidas, em 1977. (wikipedia)
No Brasil, as movimentações em prol dos direitos da mulher surgiram em meio aos grupos anarquistas do início do século 20, que buscavam, assim como nos demais países, melhores condições de trabalho e qualidade de vida. O direito ao voto veio em 1932, na Constituição promulgada por Getúlio Vargas. Apenas 43 anos depois, as Nações Unidas oficializaram a celebração do Dia Internacional da Mulher.

Divulgação/RJ

Comemoração surgiu com o intuito de prestar uma homenagem as mulheres de todo o mundo

Algumas personalidades femininas

A primeira mulher a reger (dirigir) uma orquestra no Brasil foi Chiquinha Gonzaga, pianista e compositora, em 1879.
Em 1917, a professora Deolinda Daltro, fundadora do Partido Republicano Feminino, comandou uma passeata que exigia que as mulheres tivessem o direito de votar.
A primeira mulher a tornar-se ministra de Estado (representantes dos ministérios, como da Fazenda, do Trabalho) foi Maria Esther Figueiredo Ferraz, nomeada ministra da Educação em 1982. Anita Malfatti foi uma grande artista brasileira. É considerada a mulher que introduziu o Modernismo nas artes e pinturas no Brasil. Participou da famosa Semana de Arte Moderna, em fevereiro de 1922. Ela fez o desenho que abriu a exposição e foi muito elogiada.
Patrícia Galvão, mais conhecida como Pagu, foi jornalista, escritora e fazia parte de movimentos políticos. Era uma ativista política. Ela começou a trabalhar muito nova como jornalista, com apenas 15 anos. Entrou para o Partido Comunista Brasileiro e participou de greves, manifestações, protestos. Foi uma personalidade importante nas lutas em favor dos direitos e melhor condição de vida para as mulheres. Morreu em 1962.
Muitas mulheres lutaram em movimentos políticos por melhores condições de vida, não só em defesa delas mesmas como de todos os brasileiros. Foi o caso de Sonia Maria Moraes Angel Jones, que lutou contra a ditadura militar no Brasil. Foi presa em 1969 e, depois de ser solta, viveu escondida, por causa da forte repressão. Foi assassinada em 1973, quando tinha apenas 27 anos, ao ser capturada pelos militares da ditadura. (www.plenarinho.gov.br)

Expediente:

Textos: Ana Souza e Assessorias da Comunicação
Edição: Alyne Motta
Arte da capa e diagramação: Richard Maas