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“Meu pai sempre foi um santa-cruzense de carteirinha”, diz filho de Telmo Kirst

Ricardo Gais
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Telmo Kirst, um apaixonado por Santa Cruz do Sul. Foto: Arquivo/RJ

Em cerimônia realizada no Palacinho da Prefeitura Municipal, familiares, amigos e admiradores se despediram do prefeito Telmo Kirst. O velório teve início às 8 horas dessa segunda-feira, 21, primeiramente para a família e, após, foi aberto ao público em geral, no qual diversas autoridades do Município e do Vale do Rio Pardo se fizeram presentes. Em razão da pandemia de Covid-19, a permanência no local não foi permitida, apenas foi aberto para uma passagem simbólica.

Às 10h30, o Bispo da Diocese de Santa Cruz do Sul, Dom Aloísio Dilli realizou uma homenagem a Telmo Kirst e procedeu orações no salão nobre, local de trabalho do prefeito. Após, demais homenagens e a salva de palmas, o caixão foi deslocado até o Cemitério São João Batista em forma de cortejo pelas ruas da cidade onde Telmo tinha grande carinho.

No Cemitério Católico também foram prestadas as últimas homenagens e a família e amigos se despediram, com pesar, de Telmo. Os padres Cláudio José Kirst, primo de Telmo, e o padre Roni Fengler, da Catedral São João Batista, conduziram as orações. Às 11h30, o caixão do prefeito foi colocado na sepultura. O secretário de Comunicação, Régis de Oliveira Júnior exaltou as últimas palavras do prefeito – “Vamos adiante” e sob aplausos, as coroas de flores marcaram o fim da era de um dos maiores políticos que Santa Cruz do Sul já teve.

Velório foi realizado no salão Nobre do Palacinho. Foto: Rolf Steinhaus



Familiares, amigos e autoridades comentaram sobre a despedida do chefe do Executivo e lamentaram esta grande perda para a cidade e a família.

Luciano Kirst

O filho mais velho de Telmo disse que a morte de seu pai é uma perda muito grande, que ele amava Santa Cruz. “Para nós da família é uma perda muito grande e ele como pai e membro da nossa família sempre foi presente, sempre nos ensinando e apoiando, então, em função disso, nós sentimos muito. Por outro lado, a gente sabe que chega a hora de partir e chegou a hora dele. Ele está deixando um legado para família, os princípios dele, a forma de ele fazer as coisas. É sempre um exemplo para todos nós. O meu pai sempre foi um santa-cruzense de carteirinha, trabalhou sempre pelo Município, tanto na época em que ele foi deputado estadual, federal, secretário de Estado, e recentemente prefeito por duas vezes. O legado dele está em todo lugar, não só as gerações mais antigas, mas as novas sabem e conhecem o prefeito e tudo que ele fez pela nossa cidade, com avanços nas suas gestões. Estamos contentes pelo fato de ele ter deixado esse legado e ter gerido o Município de forma eficiente e profissional, além de sempre ter sido uma pessoa visionária, pensando na frente. O que ele faria depois ou como ele poderia deixar Santa Cruz do Sul ainda mais um exemplo para nosso Estado e País”, disse.

Rubem Sérgio Borba

Um dos grandes amigos de Telmo, há cerca de 60 anos, Rubem salientou que não perde apenas um prefeito, mas sim, um grande amigo. “Para mim foi uma perda irreparável, sou amigo do Telmo há 60 anos. Começamos no basquete, no Corinthians, e depois fomos vereadores juntos. Tenho uma vida com o Telmo e perdi não um prefeito, mas sim, um grande amigo, que vou lembrar para toda minha vida”.

Heitor Schuch

“O Telmo foi meu colega na Assembleia Legislativa, sempre teve uma postura muito correta, olhava muito no coletivo e fez sem dúvida da gestão a sua grande marca. Foi um grande político e fez uma administração muito boa na Prefeitura, bem como na CRM, Corsan, entre outros. Agora, ele está lá no céu com outras lideranças nossas, transmitido bons fluidos para nossa comunidade. Me lembro quando eu ainda era guri, lá em Cerro Alegre, que quando o Telmo concorreu pela primeira vez a deputado, ele conquistou, dos 290 eleitores, 287 votos da minha comunidade, e essa foi uma das partes que mais me chamou atenção. Fizemos muita coisa juntos por Santa Cruz como emendas que trouxemos para o Município”.

Iro Schünke

“Sem dúvida ele é um dos maiores políticos da nossa região, sempre preocupado com a comunidade e com a cadeia produtiva do tabaco. Sempre defendia as nossas causas. Temos que lembrar da importância dele como mentor de muitas ideias importantes para o setor. Realmente é uma perda muito grande, a gente lamenta, e ele cumpriu muito bem sua jornada na área política”.

Elstor Desbessell

“A gente torcia para que o prefeito chegasse até o final de seu segundo mandato, lamentamos e nos solidarizamos com a família. É um momento ímpar na história de Santa Cruz e é um dia muito triste para cidade, pois é a perda de uma pessoa que esteve dois mandatos à frente do Executivo, seis mandatos como deputado federal. É um grande legado que ele deixa para o Município e com certeza Santa Cruz se despede de uma grande liderança que trouxe muitos recursos, obras. O prefeito Telmo deixa uma grande obra que é o Lago Dourado, pois se não fosse feito o lago, Santa Cruz estaria passando por grandes dificuldades. Uma das lembranças que tenho foi quando ele me chamou para uma conversa e me disse que eu estava preparado para ser o presidente da Câmara, o que acabou ocorrendo”, comentou.

Bruna Molz

Uma das últimas leis aprovadas por Telmo foi a que proíbe a queima de fogos de artifício com barulho no Município, de autoria da vereadora Bruna Molz, que exalta sobre o apoio que teve do prefeito. “O prefeito Telmo foi um grande homem, é um grande gestor e eu devo muito a ele, o quanto ele me apoiou, o quanto ele gostava de animais e apoiou a causa animal, então eu devo muito ao prefeito, fui fiel a ele até o final e é com muita tristeza que a gente vê essa despedida. Mas ficam as boas lembranças, o legado, todos os projetos, o hospital veterinário, muitas coisas partiram dele. Um dos últimos projetos sancionados em vida por Telmo foi a lei dos fogos”, lembrou.