Início Geral “Nosso objetivo é promover a saúde aos munícipes”

“Nosso objetivo é promover a saúde aos munícipes”

Secretária Daniela Dumke: “Existem diálogos entre todos e focamos em resolver as dificuldades em conjunto”

Na edição de hoje, 26, o Riovale Jornal dá sequência às entrevistas especiais com o Secretariado Municipal, sendo a entrevistada de hoje a secretária de Saúde, Daniela Dumke, que fala sobre as demandas e projeções para Santa Cruz do Sul.

Riovale Jornal – Sua trajetória iniciou já na saúde, fale sobre você. Quem é a secretária Daniela Dumke?
Daniela Dumke:
Sou formada em Enfermagem. Trabalhei no Hospital Santa Cruz por 11 anos e paralelo por três anos em turno inverso no Centro de Vacinas, também do Município. Exerci funções no Espaço Mamãe Criança, em Vera Cruz, e final do ano passado fui convidada para o cargo de secretária Municipal de Saúde.

RJ – O que representa para você estar à frente de uma das pastas mais relevantes do Município?
Daniela:
É um grande compromisso com a comunidade e um enorme desafio. Confesso que não imaginava toda esta complexidade, mas me sinto muito feliz pela prefeita Helena Hermany ter depositado toda esta confiança em mim. Estou muito grata e, ao mesmo tempo, orgulhosa neste sentido. Este é um compromisso com a comunidade santa-cruzense, o de fazer com que dê certo, e muitas coisas não dependem somente da nossa vontade e de nosso querer. O mínimo que conseguimos atingir já se torna muito satisfatório para todos. Nosso objetivo é melhorar cada vez mais a qualidade da saúde em nosso Município.

Mudança da estrutura da UBS Central para as proximidades do Cemai proporcionará mais agilidade
nos atendimentos dos testes do pezinho e da orelhinha

RJ – Logo que você assumiu a pasta já estava instalado o caos do coronavírus e no início deste ano os casos da dengue. Como enfrenta estes desafios?
Daniela:
Pegamos um período bem crítico com a pandemia do coronavírus, sabemos das dificuldades e vamos avançar cada vez mais em busca de melhorias. Tenho orgulho em dizer que já se passaram seis meses e estamos conduzindo a gestão da melhor maneira possível. Queremos fazer a diferença e enfrentar todos os desafios. Estamos passando pela Covid e pela dengue e, além de tudo isso, ainda conseguimos planejar ações para a Atenção Básica que é o nosso foco. Agradeço toda a equipe pelo apoio e, inclusive, a parceria que temos com os hospitais. Existem diálogos entre todos e focamos em resolver as dificuldades em conjunto. Esta é uma bandeira que prezo muito, o diálogo. Queremos dar retorno para os pacientes e primar pela saúde deles.

RJ – Atualmente, o foco está voltado para as imunizações do coronavírus. Como está este gerenciamento e o andamento do calendário vacinal?
Daniela:
As pessoas devem sempre buscar pela atualização do calendário vacinal, principalmente na questão das imunizações sobre o coronavírus, o qual estamos atingindo mais de 59% do grupo elegível, ou seja, o prioritário. Não basta tomar a primeira dose, tem que procurar sim, a segunda. Estamos organizando gradativamente e pedimos para que as pessoas não deixem de se vacinar e que mantenham em dia o calendário vacinal conforme a demanda. Disponibilizamos as unidades com horário estendido e que podem ser procuradas para os serviços de imunização da Covid e demais do calendário vacinal. Os dias que contam com este diferencial são as terças, quartas e quintas.

RJ – E o acompanhamento das famílias através do trabalho das agentes Comunitárias, com a pandemia, como ficou?
Daniela:
Durante um período, as visitas foram suspensas devido aos protocolos de segurança, mas agora foram retomadas. A assistência permanecia para as pessoas dos grupos de risco. Agora chegamos em uma fase que já sabemos lidar com a doença e aí retomamos gradativamente as visitas com as devidas restrições. As agentes Comunitárias de Saúde estão dando um grande suporte na vacinação, que é prioridade. E quanto à dengue estamos continuando com as ações preventivas junto com os agentes de Endemias e realizando planejamentos para que o ano que vem não chegue à situação como ocorreu agora.

RJ – E sobre os testes do pezinho e da orelhinha, como está o aporte da secretaria?
Daniela:
Precisamos fazer alguns aprimoramentos. Permanecemos em pleno andamento com os testes e também temos um olhar diferenciado sobre esta questão. Estamos com uma grande perspectiva com a mudança da Unidade Básica de Saúde Central, que será realocada em novas estruturas ao lado do Cemai, iremos contemplar de uma maneira mais tranquila estes atendimentos na unidade central. Queremos atender melhor esta demanda.

RJ – E os postos de saúde sustentáveis Pedreira e Ana Nery? Como estão os andamentos?
Daniela:
O Posto de Saúde Sustentável Pedreira está para ser inaugurado em julho. Existem alguns detalhes ainda a serem realizados, mas estamos bem próximos da concretização. Existem prioridades nas Unidades Básicas (UBs), realizamos um levantamento onde foram elencadas algumas melhorias. A gestão concorda plenamente que no momento atual não há projeções de aumentar as unidades de saúde, mas, sim, reestruturar as já existentes, tanto nas questões de estrutura, recursos humanos e equipamentos. Ainda há déficit quanto ao número de médicos, mas estamos conseguindo dar esta cobertura, estamos melhor do que há algum tempo atrás. Uma atenção básica bem planejada, com fluxos definidos e resolutiva diminui as internações hospitalares. Trabalhamos na prevenção, tratar a saúde e não a doença. Queremos promover a saúde para nossos munícipes.

RJ – Quanto à Central de Regulação e Agendamento, existe algum planejamento de remodelação nos atendimentos?
Daniela:
Estamos fazendo alguns diagnósticos na Central, este é um dos pontos em que existem várias questões a serem remodeladas. As filas são grandes nas consultas, exames e cirurgias e estamos, sim, tendo um olhar diferenciado na Regulação. Haverá ainda mais reestruturação, assim como no Cartão SUS o qual já estamos fazendo readequações. A pessoa precisa vir até a Central, via agendamento e não mais via agente de Saúde, e se for pessoa com dificuldade de locomoção, o responsável deverá vir com a documentação correta para confeccionar o cartão. Não haverá mais declaração de endereço a punho como antes, o titular do cartão deverá ter uma conta em seu nome, ou comprovante registrado em cartório para poder tirar a via do Cartão SUS. Existe um grande déficit de cartões e até o final do ano a meta é reestruturar essa questão e, nos próximos dias, anunciaremos o recadastramento do Cartão SUS, um verdadeiro pente fino. Já estamos fazendo via sistema.

RJ – Em entrevista ao Riovale Jornal no mês de abril, você falou sobre promover a saúde em Santa Cruz do Sul, existe mais algum projeto futuro?
Daniela:
Existe um grande projeto que será o nosso Atendimento Móvel, no qual iremos levar a teleconsulta para os pacientes. Iremos fazer uma escala para as áreas de difícil acesso e atender pessoas com têm dificuldades de procurar as unidades de saúde. Haverá atendimento multiprofissional, com aporte de médicos, nutricionistas, fisioterapeutas, enfim, tudo o que for necessário para que as pessoas saiam com prescrição de tratamento e receita. Este é um passo grande, existem municípios com teleconsulta, mas não no sistema móvel. Ainda iremos fazer, no futuro, os mutirões das consultas, cirurgias, exames mas, devido à pandemia, estamos engessados.

Ana Souza

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