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O Rosário da Virgem Maria

Dom Canísio Klaus*

No final de outubro, muitas comunidades invocam a bênção para as capelinhas de Nossa Senhora e fazem o envio das zeladoras para que promovam a sua visita a todas as famílias católicas. Junto a isso, é reforçado o convite para a oração do Terço, uma vez que outubro, além de ser o mês das Missões, é também o mês do Rosário. Uma das mais eficazes formas de ser missionário e manter viva a chama da fé no coração das pessoas é, certamente, a visita da capelinha de Nossa Senhora associada à oração do Terço.
A oração do Santo Rosário, que é um conjunto de quatro Terços, tem sua origem no século IX da era cristã. Surgiu ao lado dos mosteiros como forma de oração do povo simples, que não tinha condições de participar da oração dos 150 salmos que eram rezados pelos monges. São Domingos de Gusmão lhe deu a forma usual em 1206, propondo a sua oração “pela conversão dos pecadores”. Dividiu o Rosário de 150 Ave-Marias em três terços, com 50 Ave-Marias cada um. Em 1500 associou-se a cada dezena de Ave-Marias um episódio da vida de Jesus ou de Maria. Foi assim que surgiu o Rosário com os mistérios gozosos, dolorosos e gloriosos. Em 2002, João Paulo II lhe acrescentou os Mistérios Luminosos, propondo o acréscimo de mais 50 Ave-Marias. Com isso, o Rosário passou a ser composto por quatro Terços de 50 Ave-Marias cada um.
Na Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae, escrita por ocasião do lançamento do Ano do Rosário em 2002, o papa João Paulo II disse que “o Rosário é oração amada por numerosos santos e estimulada pelo magistério. Na sua simplicidade e profundidade, permanece uma oração de grande significado e destinado a produzir frutos de santidade”. Mais adiante, a partir da convicção de que a “família que reza unida permanece unida”, propõe “o relançamento do Rosário nas famílias cristãs como ajuda eficaz para conter os efeitos devastadores da crise de nossa época”. Por isso pede “a todos aqueles que se dedicam à pastoral das famílias para sugerirem com convicção a recitação do Rosário”.
Na Diocese de Santa Cruz do Sul temos a alegria de contar com muitas capelinhas de Nossa Senhora e vários grupos que se reúnem para a oração do Terço. Pessoalmente sou testemunha de que nos lugares onde esta prática é mais usual, as comunidades são mais sólidas e as famílias se conservam mais unidas. Por isso, estamos distribuindo por toda a Diocese um pequeno manual, destinado, principalmente, para as crianças, que traz orientações sobre a oração do Rosário. Queremos que todas as pessoas aprendam esta oração e a rezem seguidamente na família, nos grupos de oração e de forma individual.
Que Nossa Senhora do Rosário siga a nos guiar nos passos de seu filho Jesus de Nazaré e nos firme na fé no Deus Pai, Filho e Espírito Santo! Amém.

*Bispo Diocesano